Por Douglas Ferreira
O repúdio do Conselho Regional de Estatística da 5ª Região (Conre5) é enfático e justificado diante da gravidade das denúncias apresentadas. A conduta desonesta e criminosa dos chamados “institutos” de pesquisa, sem o devido registro na autarquia federal da área de estatística, revela um preocupante cenário de manipulação e irregularidade no processo eleitoral.
No Piauí, especificamente, a situação atinge um nível alarmante, com seis dessas entidades atuando de forma irregular. Nomes como o Qualitativa Instituto de Opinião Pública (Instituto Qualitativa) e o Instituto Credibilidade Ltda. estão entre os denunciados, evidenciando a extensão do problema. O Qualitativa, por exemplo, atesta que o candidato do chamado “blocão do PT”, deputado Fáibio Novo, ganharia a disputa pela Prefeitura de Teresina, no primeiro turno das eleições.
O impacto dessas ações vai além das fronteiras do Piauí, abrangendo outros Estados do Nordeste como Alagoas, Bahia, Ceará e Maranhão. É inadmissível que tais práticas sejam toleradas, pois comprometem a lisura e a transparência do processo eleitoral, pilares essenciais da democracia.
Ao destacar a importância do registro legal e estatutário das empresas de pesquisa, o Conre5 reitera seu compromisso com a integridade do processo eleitoral e com a preservação da credibilidade das pesquisas de opinião pública. A atuação rigorosa do Conselho, respaldada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), visa coibir quaisquer práticas ilegais que possam comprometer a legitimidade das eleições, reforçando assim a importância da ética e da legalidade no exercício da profissão de estatístico.
Institutos denunciados pelo Conre5:
ALAGOAS (Grupo de Pesquisas São Judas Tadeu Ltda/TDL); AB Santos-ME/IPESE; BAHIA (Oscar Wagner de Sousa Ferreira/W1 WebTV); CEARÁ (Qualitativa Instituto de Opinião Pública EIRELI/Instituto Qualitativa); MARANHÃO (DataIlha PESQUISAS e Consultoria Ltda/Instituto DataIlha); RN Brito Lima Brasil Marketing e Opinião); e PIAUÍ (Qualitativa Insituto de Opinião Pública EIRELI/Instituto Qualitativa; Gilcileny Vieira de Sousa Melo Serviços/Instituto Pontuar; Instituto Credibilidade Ltda/Instituto Credibilidade; Rogério M. P. Moura-ME/Data Max; Intenção Instituto de Pesquisa Ltda/Intenção Instituto de Pesquisa Estimativa Editora Comunicação e Gráfica EIRELI/Instituto Estimativa).
A reportagem não conseguiu falar com os representantes do institutos de pesquisa piaueinses, mas desde já, reserva espaço para defesa ou justificativas dos mesmo.