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Publicado em: 1 março 2024 às 09:45 | Atualizado em: 1 março 2024 às 16:11

Conheça o empresário brasileiro que se tornou sócio da Família Real Saudita

Por Douglas Ferreira

O rei Salman (à direita.), e o filho, Mohammed bin Salman, herdeiro do reino saudita – Foto: Reprodução

Que a Família Real Saudita, é uma das mais afortunadas do mundo, isso todo mundo sabe. Uma fortuna quase incontável decorre do lucro gerado pelo petróleo. Agora o que poucos sabem é que há um brasileiro que se tornou sócio dessa família abastada.

Governando a Arábia Saudita, o rei Salman adota uma estratégia de diversificação de ativos, e poucos investimentos são tão vitais para a segurança alimentar do país e, consequentemente, para a manutenção de seu poder, quanto a BRF. Esta empresa é controlada por Marcos Molina dos Santos, um empresário brasileiro de 53 anos.

Empresário Marcos Molina da Marfrig- Foto: Reprodução

A BRF é uma das grandes potências do agronegócio brasileiro, originada em 2012 através da fusão entre a Perdigão e a Sadia, tornando-se um dos principais produtores globais de carne de frango. Para os muçulmanos, cuja religião é dominante na população árabe, essa carne representa uma fonte acessível de proteína animal.

No entanto, Molina não foi o primeiro a controlar a empresa, e a Família Real Saudita não estava entre seus fundadores.

A trajetória de Molina no setor de proteína animal começou há 41 anos, quando ele aos 12 anos, começou a trabalhar no açougue da família, localizado em Mogi das Cruzes, no interior do Estado de São Paulo. Aos 30 anos, ele fundou a Marfrig, um grupo de frigoríficos que se tornou um gigante global no setor de proteína animal e é reconhecido como o maior produtor de hambúrgueres do mundo. Com uma capitalização de mercado de cerca de R$ 8,6 bilhões, conforme a cotação na B3 (R$ 9,22 por ação), a Marfrig continua sob controle de Molina até hoje.

Posteriormente, o conglomerado de frigoríficos iniciou a aquisição de ações da BRF em 2021 e, atualmente, detém a maior parte das cotas da companhia. Essa parceria com a Família Real Saudita foi estabelecida, uma vez que os árabes possuem 10% da empresa controladora da Sadia e da Perdigão, por meio da Companhia Saudita de Investimento Agrícola e Pecuário (Salic, na sigla em inglês). O interesse da Família Real Saudita no negócio aumentou significativamente após a entrada de Molina.