O Estado do Rio Grande do Norte é repleto de belezas naturais incríveis. O litoral é único e encanta pelas praias de areia branca e falésias monumentais. Mas o interior do Estado também reserva lugares magníficos. E hoje vou levar você para conhecer um município na Serra Potiguar. Estou falando de uma cidade conhecida como Princesa Serrana ou Campos do Jordão do Rio Grande do Norte. Essa cidade se chama Martins. Mas nossa incursão é em um de seus maiores atrativos turísticos: a Casa de Pedra.
Martins, é uma encantadora cidade serrana do Rio Grande do Norte. Fica a uma altitude de cerca de 750 metros acima do nível do mar e reserva um dos tesouros naturais mais notáveis do Estado: a Casa de Pedra. Trata-se da segunda maior caverna em mármore de todo o Brasil. Localizada no topo da Serra Potiguar, em meio à vegetação de caatinga, esta caverna se destaca pelas imponentes formações rochosas de pedra calcária.
O fascínio começa antes mesmo de adentrar a Casa de Pedra. A entrada está no alto da serra e é acessível através de uma escada que leva desde o final de uma estrada de chão até o topo da caverna. As rochas que compõem essa monumental caverna, datadas do período pré-cambriano (Na escala de tempo geológico, o Cambriano é o período da era Peleozoica que está compreendido entre há 542 milhões e 488 milhões de anos, aproximadamente), são compostas por calcário e corais calcificados. Isso evidencia que a região já esteve submersa e pertenceu ao fundo do oceano.
A Casa de Pedra possui aproximadamente 120 metros de altura e oferece uma trilha interna com cerca de 100 metros de extensão. A denominação “Casa de Pedra” se deve à disposição das câmaras internas, que lembram a estrutura de cômodos de uma residência (quartos e salas). A primeira área, que poderia ser considerada a sala principal, abrange impressionantes 12 metros de largura por 18 de comprimento, com um teto que se eleva a mais de dez metros de altura.
Dentro da caverna, o visitante pode admirar os corais calcificados, além de uma infinidade de estalactites e uma estalagmite gigantesca. Em alguns pontos, é possível observar formações ainda em desenvolvimento.
Embora a trilha interna não seja muito extensa, o percurso pode ser uma aventura, exigindo que o visitante se agache em alguns trechos e possibilitando a observação dos morcegos que habitam o local. Por isso, é altamente recomendável contar com a orientação de um guia especializado e levar uma lanterna.
Ao chegar ao extremo oposto da trilha interna, o visitante é recompensado com uma vista verdadeiramente espetacular. O “quintal” da Casa de Pedra consiste em uma ampla área de rocha calcária que oferece uma vista panorâmica privilegiada da região serrana. A beleza da paisagem é de tirar o fôlego, especialmente quando se avista a famosa Pedra do Sapo, no topo da serra, à esquerda.
A Casa de Pedra está localizada a aproximadamente 20 km do centro de Martins. O lugar é acessível por meio de uma estrada de terra e pedras. Martins, muitas vezes comparada à “Campos do Jordão do Rio Grande do Norte,” encontra-se a uma distância de 380 km de Natal, a capital do Estado. Portanto se você for à Terra Potiguar não deixe de conhecer a Princesa Serrana e a Casa de Pedra, uma atração imperdível para os amantes da natureza e da geologia.
Detalhe: Essa reportagem é em homenagem a um dos mais significativos filhos ilustres de Martins, na atualidade, o publicitário, empresário e escritor Sílvio Leite. Um potiguar, martinense de nascimento, mas piauiense de coração.
O Piauí adotou com muito orgulho esse empreendedor que começou contínuo (limpando banheiro como costuma contar) das antigas Casas Pernambucanas (ele em pouco tempo virou gerente). Mas com muito suor, trabalho, dedicação e competência, cravou seu nome na história dos grandes empreendedores piauienses. E mesmo após fixar morada, nos Estados Unidos da América, retornou ao Brasil e voltou a morar na singela Teresina (capital do Piauí) e compartilhar da vida do teresinenses.