Há muito tempo, tenho sentido a necessidade de escrever sobre o conflito entre Israel e o Hamas, mas só agora consegui reunir os elementos necessários para abordar este assunto extremamente delicado. Recentemente, assisti a um podcast que discutiu o conflito, o que reavivou meu interesse e o desejo de escrever, sempre me colocando a favor da vida, sem tomar lados.
Quero esclarecer que não sou judeu, mas sou sim, sionista. Defendo o direito de Israel existir. A maioria, se não todos os países, surgiram após guerras violentas e conflitos sangrentos. Não existe um país que possa ser considerado legítimo no sentido purista da palavra. Aqui mesmo no Brasil. Ainda temis conflitos de estabelecimentos de fronteiras. Na Europa, a Alemanha, por exemplo, é legítima? E a Escócia? A Austrália? Este país não pertence aos aborígenes? Muitos países cometeram atrocidades em algum momento de sua história, e ninguém ousou pedir o fim desses países. A Alemanha cometeu crimes horríveis durante a Segunda Guerra Mundial, e mesmo assim, ninguém pediu o fim da Alemanha. Nem mesmo o Afeganistão, apesar do Talibã, foi alvo de tal clamor.
Portanto, não consigo entender como podem questionar a legitimidade de Israel, se nenhum país é natural em sua formação. Quando se pede o fim de Israel, clamando por uma Palestina livre “do rio ao mar”, é evidente que muitos não sabem sequer a quais rio e mar se referem. Para aqueles que compreendem a geografia da região e ainda assim defendem o fim de Israel, isso é algo que precisa ser debatido com seriedade.
Agora, gostaria de abordar a defesa do Hamas por parte de algumas pessoas que o veem como um símbolo de democracia. Não tenho problemas que as pessoas levantem bandeiras em apoio ao povo palestino, pois isso é um sinal de solidariedade. No entanto, adotar o Hamas como o grande bastião da liberdade e da democracia é, no mínimo, ignorância ou má-fé. O Hamas nunca escondeu suas ações ou intenções; é um grupo que politicamente se encontra na extrema direita. Como então, tantas pessoas da esquerda podem abraçar este grupo? Sabem pelo menos o que estão defendendo?
É necessário reconhecer que o Hamas é uma organização fundamentalista e autoritária, cujo objetivo declarado é a destruição de Israel. Apoiar o Hamas como se fosse uma expressão de virtude é incompreensível. Parece haver uma tendência de algumas pessoas se alinharem com causas que consideram “nobres” sem entender completamente as implicações. Isso muitas vezes se traduz em um apoio superficial que busca mais a validação social do que a verdadeira justiça ou paz.
Nosso lado deve ser a vida. Não existe um lado correto ou incorreto quando se trata de seres humanos que apenas desejam viver em paz. Há pessoas, famílias, crianças, em ambos os lados do conflito, que merecem viver sem medo.
Além disso, é necessário discutir a falta de reações adequadas às atrocidades cometidas pelo Hamas, especialmente contra mulheres. Feministas e ativistas dos direitos humanos deveriam estar na linha de frente, denunciando os crimes hediondos cometidos contra as mulheres raptadas pelo Hamas. No entanto, muitos permanecem em silêncio ou dão respostas evasivas, o que é preocupante e decepcionante.
Governantes ao redor do mundo, incluindo o Brasil, deram declarações irresponsáveis sobre o conflito e não se retrataram. Isso apenas piora a situação, alimentando mal-entendidos e ódios. Alguns desses governantes sequer têm condições educacionais para formar opinião que representem o pensamento se uma nação.
Em conclusão, é imperativo que invistamos em educação para que as pessoas compreendam verdadeiramente a complexidade do conflito entre Israel e o Hamas. As pessoas tendem a apoiar quem percebem como mais vulneral, ajem propositalmente para obter apoio do mundo desinformado. Apoiar o Hamas é indefensável. Precisamos promover uma cultura de vida e coexistência pacífica, onde todos na região possam viver com dignidade e segurança. Nosso compromisso deve ser com a vida, acima de qualquer aliança política ou ideológi