Já é mais do que necessário, inclusive ultrapassou o tempo adequado, para a Secretaria de Segurança Pública do Piauí implementar uma política mais eficaz de combate ao crime organizado e às facções criminosas no Estado, especialmente no litoral. As cidades na planície litorânea encontram-se sob domínio das facções, fato público e notório. Ou alguém duvida?
É evidente que as facções criminosas dos Estados Maranhão e do Ceará estabeleceram-se no litoral piauiense, onde operam abertamente na venda de drogas como maconha, cocaína e crack em plena luz do dia. Alguém sabe o porquê?
Onde há tráfico de drogas, há conflitos e mortes entre membros de facções pelo controle da venda. As execuções brutais e a profanação de cadáveres são características das ações desses grupos. Isso também é público e notório!
Exemplo disso ocorreu neste sábado, 3, em Parnaíba, na estrada da Carpina, ligando a BR 402 à Lagoa do Portinho, um dos maiores cartões postais do litoral, onde populares encontraram um corpo decapitado e carbonizado, indicando claramente a ação de uma facção. Desde que as facções criminosas tomaram conta do litoral, é raro um fim de semana sem a execução de duas, três, ou até mesmo quatro pessoas, independentemente de serem criminosos eliminando criminosos.
A preocupação é o avanço da criminalidade e do narcotráfico no Estado, disseminando o terror e o medo onde se estabelecem. A população parnaibana, em especial, está aterrorizada com tanta violência e morte no município.
O governo que tem se destacado na mídia nacional pelo resgate de celular roubado, agora é notícia por crimes bárbaros como esse. A notícia do corpo decapitado e carbonizado foi destaque em O Antagonista, um do portais mais vistos e respeitados do Brasil.
Portanto, a Secretaria da Segurança Pública do Estado do Piauí, que tem realizado um trabalho interno de depuração, precisa compreender que, embora seja uma tarefa árdua, é essencial. Mas, o combate ao crime, às facções, ao narcotráfico, não pode ser interrompido; pelo contrário, os projetos de políticas públicas de segurança precisam sair do papel, do discurso e da mídia, para ocupar as ruas, vilas, praças e favelas da capital e das grandes cidades, especialmente Parnaíba, ‘a capital do Delta’, mostrando à população que a polícia do Piauí está presente, e não apenas as facções criminosas.