Ah, as Olimpíadas de Paris 2024, um evento que prometia ser um marco de inovação e união. No entanto, algo sombrio e desarmonioso parece ter permeado o espírito desse grande encontro esportivo. “Algo de errado não está certo”, diria alguém observando a abertura. O rio Sena, com sua majestosa presença, foi um palco engenhoso, mas a genialidade terminou ali. O que se seguiu foi um “desespetáculo”, algo dantesco, ridículo, ofensivo, macabro e ‘criminoso’.
Questionemos a quem interessa tanta lacração desnecessária. O que está por trás desse teatro do horror? A quem de fato interessa a agressão a um dos símbolos mais sagrados do cristianismo? É difícil compreender e aceitar que uma minoria possa encontrar prazer em vilipendiar os objetos de culto dos outros. Eles se impõem pela destruição do sagrado alheio, buscando respeito enquanto desrespeitam os símbolos religiosos. Será que acreditam que esse nível de provocação possa trazer alguma aceitação?
Quem teve a “desideia” de conceber, elaborar, treinar e apresentar ao mundo tal agressão não só ao fenomenal mestre renascentista Leonardo Da Vinci, mas sobretudo aos cristãos e ao Ocidente, não executou apenas um pensamento, mas uma ideologia, algo macabro. Aquilo foi um afronta, uma bestialidade.
Quando os humorista do Charlie Hebdo fizeram uma charge com Maomé, o jornal pagou com vidas. Longe de mim esse fundamentalismo religioso. Não, jamais defenderia tal loucura. Mas, a comparação é inevitável, e meu ‘fundamentalismo’ é simplesmente expressar, de forma livre e democrática, meu repúdio a uma prática que parece querer se impor como normal e ‘progressista’. Mas, o que há de progressista nesse horror?
O que representa a Santa Ceia?
A Última Ceia é uma das criações mais icônicas do mestre renascentista Leonardo da Vinci (1452-1519). Nesta obra, Leonardo captura a cena da última refeição de Jesus Cristo com seus 12 apóstolos, poucos instantes antes de sua crucificação.
O afresco está localizado na Igreja e Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão, na Itália. Juntamente com a Mona Lisa, esta pintura se destaca como uma das mais celebradas obras de Da Vinci.
E quem foi Da Vinci?
Leonardo da Vinci foi um dos artistas mais influentes do Renascimento italiano. Os estudiosos desse período o consideram possivelmente a figura mais representativa de sua era.
Ele era um verdadeiro gênio, explorando vários campos da arte e do conhecimento durante uma época de intensas transformações que conduziam o mundo à era da modernidade.
Foi na pintura que Da Vinci se destacou mais. Ele disse certa feita sobre os pintores:
“O pintor é o mestre de todas as coisas que o homem pode imaginar. Tudo o que existe no universo por essência, presença ou imaginação, ele já possui em sua mente e em suas mãos”.
Mas, voltemos às olimpíadas, o verdadeiro espírito das Olimpíadas é radicalmente oposto ao que se viu na abertura. O espírito olímpico é um sentimento que une as pessoas, demonstrando o quanto somos iguais e como podemos superar nossos limites na diversidade e nas adversidades da vida cotidiana. Ele é essencial para a participação nos Jogos, fazendo com que os atletas esqueçam a competição e busquem apenas superar a si mesmos e aos recordes. Além das glórias e medalhas, o espírito olímpico valoriza a oportunidade única de estar no maior palco esportivo do mundo. É como se diz a um filho que perdeu uma disputa: “filho, mais importante do que vencer é competir”.
Mas, o que esperar de uma Olimpíada marcada pelo protesto, anarquia e violência? Nosso Galinho de Quintino, o Zico, foi furtado na chegada ao hotel, amargando um prejuízo pessoal de mais de R$ 1,2 milhões. Atletas do mundo inteiro foram vítimas de roubos, assaltos e outras violências. E o que dizer do Comitê Olímpico Brasileiro? Muitos atletas e cidadãos comuns não engoliram até agora o uniforme olímpico nacional, que mais parece peça de ‘carregação’ (quem é nordestino sabe do que estou falando). A ‘sulanca’ foi motivo de anedota e virou meme na internet.
E agora, o pior: o Ministério dos Esportes comparou atletas a macacos em uma rede social. Apagaram o post, mas o caso é gravíssimo e merece, depois da retirada do ar, uma explicação. Além disso, uma apuração do episódio para que o autor da charge racista, preconceituosa, ridícula e criminosa seja responsabilizado.
Por fim, espero que todo esse ‘estado de coisas’ chamado Olimpíada passe logo. Nem sei se, diante de tudo isso, vale a pena trazer alguma medalha. Afinal, essa medalha só vai lembrar o mal. O que se quer é que essa ‘coisa’ seja esquecida, porque, lembrada como a mais abominável e trágica da história dos jogos da era moderna, com certeza ela será.