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Publicado em: 31 maio 2024 às 09:59

Marcha para Jesus: Milhões nas ruas, zero na mídia - Um retrato da parcialidade midiática no PI

É realmente surpreendente o descaso da grande mídia em relação a um evento que não apenas está se tornando uma tradição, mas que também reúne milhões de participantes a cada ano. Hoje em dia, a Marcha para Jesus deixou de ser exclusivamente um evento do povo evangélico e passou a agregar o povo cristão brasileiro como um todo. Isso, sem dúvida, deveria ser motivo de atenção por parte da mídia, mas, estranhamente, ao contrário de anos anteriores, agora parece ser ignorado.

Enquanto o Carnaval, conhecido como a “festa da carne”, para o país e atrai multidões em eventos em todo o território nacional, outras manifestações como a Marcha das Vadias, a Parada Gay e até mesmo a Marcha da Maconha recebem destaque na mídia, mesmo que em menor escala. Fotos e vídeos desses eventos circulam amplamente na internet e na mídia tradicional, enquanto a Marcha para Jesus 2024, um evento de grande relevância para milhões de brasileiros, é praticamente ignorada.

É intrigante observar como a mídia, muitas vezes rotulada como “progressista”, parece espetacularizar apenas agendas que se alinham com uma visão particular de progresso, enquanto despreza pautas conservadoras, especialmente relacionadas aos costumes, à família e à religiosidade. Considerando que o Brasil é uma das maiores nações cristãs do Ocidente, seria de se esperar um mínimo de cobertura desses eventos que são tão significativos para uma parcela importante da população.

A ausência de reportagens sobre a Marcha para Jesus é alarmante, especialmente quando se considera a magnitude do evento e o número de participantes. A manifestação ocorreu de forma pacífica e sem incidentes, demonstrando a devoção e a fé de milhões de brasileiros, mas parece não ter despertado o interesse da mídia tradicional.

Diante disso, é inevitável questionar os critérios de cobertura da mídia e se a falta de atenção dada à Marcha para Jesus está relacionada à sua natureza religiosa e conservadora. Essa ausência de cobertura levanta questões sobre a imparcialidade e a diversidade de vozes na mídia brasileira, deixando claro que há um viés evidente na seleção das pautas que são consideradas relevantes para a sociedade.