Minha trajetória no jornalismo teve início desde muito jovem. Recordo-me de como, no bairro Piarajá, zona Norte da capital, Teresina, eu sempre estava a par de tudo o que acontecia, buscando informações e compartilhando as novidades com todos ao meu redor. Foi nessa época que ganhei o apelido de “Carlos Said”, uma homenagem a um renomado nome do rádio e da cobertura esportiva daquela época, com quem inclusive tive a oportunidade de me encontrar e entrevistar por mais de uma vez.
Outro grande jornalista que me inspirou foi Fabrício de Arêa Leão. Sendo meu vizinho, eu frequentava sua casa e observava admirado seu trabalho, escrevendo sua coluna diária no jornal O Dia, tudo feito de casa, como um verdadeiro precursor do “home office” nos anos setenta. A cada clique da máquina de escrever, eu absorvia conhecimento.
Nos fins de semana, era motivo de orgulho ser o escolhido para ir à banca do Joel, na praça Pedro II, comprar os exemplares do Jornal do Brasil e da Folha de São Paulo para ele. Era uma alegria servir a esse jornalista que tanto me inspirava a seguir a mesma carreira profissional. Foi ele quem me apresentou ao médico e político Clidenor de Freitas Santos, o homem por trás da construção do primeiro grande hospital psiquiátrico do Piauí, o Meduna.
Já na adolescência, decidi enfrentar o desafio de me tornar jornalista. Fui morar em Campina Grande, Paraíba, com o objetivo de concluir o segundo grau e cursar Comunicação Social na Furne. Porém, acabei retornando ao Piauí para cursar Filosofia, com a intenção de fazer uma pós-graduação em Comunicação. Contudo, a criação do curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, na Universidade Federal do Piauí, mudou completamente meus planos, dando início ao meu verdadeiro sonho profissional.
Não demorou muito para que eu começasse a estagiar na TV Clube, afiliada da Rede Globo, no Piauí, como redator. Em pouco tempo, já estava nas ruas como repórter, acompanhando a renomada jornalista Alice Moreira. Devo muito a ela por toda a orientação e apoio que me ofereceu. A Clube foi uma grande escola e lá cheguei à direção de jornalismo.
No cenário nacional, o correspondente da Rede Globo, em Nova York, Lucas Mendes, era minha referência, inspirando-me na forma simples e direta de reportar os fatos. Aqui, em minha cidade, busquei ‘imitá-lo’, introduzindo uma nova forma de reportagem que logo se tornou uma novidade no jornalismo local, com off, passagem e sonoras.
Em pouco tempo, minhas reportagens já eram divulgadas em programas da Rede Globo, como o Jornal Hoje. Outros jornalistas também passaram a me inspirar, mas um em especial, Cláudio Humberto, com seu estilo próprio e seu famoso bordão “bateu, levou”, me chamou atenção. Através de um grande amigo em comum, o advogado caxiense, Washington Torres, Cláudio se inspirou em uma matéria minha sobre o custo da Força Tarefa para recapturar os dois fugitivos do presídio de ‘segurança máxima’ de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Ao publicar uma nota em sua coluna, Cláudio Humberto citou a fonte: o portal Move Notícias e este jornalista, o que me envaideceu profundamente.
Agradeço ao jornalista Cláudio Humberto por esse reconhecimento e prometo continuar contribuindo com o jornalismo de qualidade. Sinta-se a vontade meu caro, para quando necessário, usar o nosso trabalho e engrandecer a defesa do jornalismo verdadeiro e sem amarras, que tem sido a tônica seu fazer jornalístico.
Um forte abraço!