Por Cláudia Claudino
Recentemente, duas matérias me inspiraram na escolha do tema a ser abordado no meu artigo para a coluna benditas mulheres. Um foi a entrevista do Silvio Leite no podcast do Move (26 de setembro de 2023), e outra foi o artigo do Douglas Ferreira sobre a bola do Paraíba, também no Move notícias.
Silvio Leite grande profissional e exemplo da comunicação, falou da sua trajetória de vida e profissional, parte dela dentro do Grupo Claudino, onde tivemos a oportunidade de trabalhar juntos e aprendi muito sobre a arte da comunicação. Hoje, exercitá-la, não somente através das mídias e redes sociais, mas acima de tudo dentro das empresas e nas relações pessoais, é de extrema importância.
A empresa precisa expor a sua missão, visão e valores, pois assim diante do seu propósito poderá despertar o sentimento de pertencimento, nos seus colaboradores. Ter uma cultura organizacional onde os colaboradores participem e se sintam parte da empresa, gera felicidade e consequentemente impacta nos resultados.
Cresci vendo meu pai exercer a comunicação junto aos colaboradores, fornecedores e clientes. Ele se comunicava de diversas formas, e até com um simples olhar sua mensagem podia ser compreendida.
Ele procurava meios, a exemplo da bola do Paraíba, de se comunicar com os clientes e dizer, com este singelo presente, que ele era importante. Um mimo, entregue com carinho e gentileza.
Com os colaboradores, o seu “tapinha nas costa”, era um ato de acolhimento. Até hoje escuto sobre o quanto ele sabia cativar, acolher, mesmo após uma advertência. Aprendi com ele a ter o contato direto com os colaboradores, fosse para um feedback negativo ou positivo. Em cada atitude, nos mais distintos momentos, temos uma grande oportunidade de ensinar e ajudar o colaborador a crescer.
Em toda minha trajetória profissional, procurei exercer a comunicação direta e assertiva, sem intermediários. Isto evita ruídos e mal-entendidos e ouvir atentamente os membros da equipe é igualmente importante para entender suas necessidades e preocupações.
No período entre Outubro de 2008 e Fevereiro de 2022, quando estive ocupando o cargo de presidente da Guadalajara indústria de roupas, desenvolvemos práticas de liderança onde os colaboradores tinham conhecimento do desempenho da empresa, eram ouvidos e assim podíamos buscar as melhorias, práticas foram implantadas no dia a dia, objetivando o bem-estar organizacional.
Entre as ações desenvolvidas, a comunicação simples e direta foi de suma importância, pois todos os colaboradores tinham a liberdade para expressar o que acreditava ser importante para o desenvolvimento do seu trabalho e desta forma, o nível de confiança crescia a cada dia e naturalmente, a empresa crescia também, e feliz. A comunicação aberta e honesta promove um ambiente de trabalho saudável e fortalece o relacionamento entre líderes e equipe.
Em 2019 o professor Sávio Normando, quando fazia análises para sua dissertação do mestrado em Administração, pela Fundação Pedro Leopoldo (Pedro Leopoldo – MG), na área da felicidade, aplicou uma pesquisa onde ele buscava mensurar o índice Felicidade Interna Bruta – FIB na Guadalajara e demonstrou que ela apresentou índice amplamente feliz com o patamar geral de 75%.
Ter um clima organizacional de felicidade, gera mais produtividade, diminui o absenteísmo e turnover, melhora a saúde física e mental, reduzindo casos de depressão e burnout, aumenta o engajamento e criatividade, fazendo com que os colaboradores contribuam positivamente para o ambiente de trabalho e gerando maior lucro para ele mesmo, a família, a sociedade e a empresa.
Deixo aqui a minha reflexão, o seu modelo de liderança promove a felicidade?