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Publicado em: 26 abril 2024 às 11:30 | Atualizado em: 26 abril 2024 às 11:30

Além dos limites: Crimes, corrupção e o colapso da ordem social brasileira

O caos parece ter se instalado de vez no mundo, e a sociedade brasileira está visivelmente enferma. Esta é a triste constatação que fazemos ao observar a vida cotidiana no Brasil. Os veículos de comunicação estampam diariamente os mais chocantes casos de violência, desde homicídios e feminicídios até estupros e pedofilia. Parece que, como diz o ditado popular, “se apertar o noticiário, o sangue jorra”.

No entanto, não podemos ignorar a violência trivial e cotidiana que continua a chocar e que precisa ser combatida. O que realmente nos chama atenção são as ações igualmente chocantes que ultrapassam os limites do compreensível e do aceitável, vindo de pessoas com formação superior.

Como é possível alguém adentrar um hospital e brutalmente assassinar um funcionário, chegando ao extremo de decapitá-lo? Ou o marido de uma paciente que friamente assassina a psicóloga da esposa? São eventos que, diante da sua frequência alarmante, estão longe de serem considerados casos isolados ou pontuais.

Recentemente, o Brasil ficou chocado com o caso da fazendeira que, na companhia do filho médico, armou-se e tirou a vida de um casal de idosos, além de ferir um padre, tudo por uma dívida de apenas R$ 65 mil. Isso nos leva a questionar: qual é o valor de uma vida?

Em outra ocasião, em Teresina, no Piauí, testemunhamos o assassinato de um acadêmico de medicina simplesmente porque ele ofereceu uma moeda de R$ 0,50 a um flanelinha em troca de cuidar do seu carro, que estava estacionado em frente à faculdade.

Recentemente, emergiu outro caso envolvendo dois jovens, ambos de boa educação e filhos de um ex-deputado, que estavam envolvidos no tráfico de drogas sintéticas, com uma médica também fazendo parte dessa quadrilha.

Diante disso, é inevitável questionar: algo está muito errado em nossa sociedade. Ou será que isso é o novo norma? Esta pergunta, por mais incômoda que seja, precisa ser feita, especialmente diante dos esforços notáveis de ministros do STF, do presidente da República e de uma parte da bancada de esquerda que clamam abertamente pela legalização das drogas no país.

Ao longo dos anos, ouvimos a ideia nefasta de que a má distribuição da riqueza, as crises econômicas e a destruição de valores éticos são algumas das causas da criminalidade. No entanto, será mesmo que a pobreza pode justificar a violência e a desumanidade?

E como podemos explicar atos hediondos, como o cometido pela fazendeira abastada e o filho médico, que executaram friamente um casal de idosos? Ou a corrupção desenfreada de políticos que desviam recursos destinados à educação e saúde para benefício próprio? Estes não são indivíduos desesperados em busca de sobrevivência, são agentes da ganância desenfreada.

A professora e filósofa Márcia Tiburi, considerada uma intelectual pela esquerda brasileira, argumenta que: “eu vejo lógica no assalto”. A professora de ética, alega que, “o criminoso pobre foi influenciado pela mídia capitalista”. No entanto, como ela justifica os crimes de corrupção de políticos abastados? Será que também foram influenciados pela mídia ocidental livre? Para esses criminosos, onde está o limite?

Certamente, Freud teria algo a dizer sobre isso. Talvez haja uma explicação psicológica complexa que justifique ou explique essas atrocidades. Uma coisa é certa: o mundo está doente e precisa de tratamento urgente.