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Publicado em: 20 maio 2024 às 09:02 | Atualizado em: 20 maio 2024 às 09:53

A malandragem e o coitadismo

A frase ”malandro é malandro e mané é mané” nunca fez tanto sentido como nos dias atuais. Brasil do século 21 se tornou pária internacional no rastro dos desdobramentos da sucessão presidencial ocorrida aqui recentemente, especialmente na medida em que vão “clareando” a sucessão de ruptura dos direitos civis do povo brasileiro.

No plano nacional temos um presidente da república colocado na cadeira de primeiro magistrado da nação sem que este tenha o menor respeito do povo brasileiro. Não frequenta locais públicos sem ser hostilizado, exceto quanto contrata com recursos do tesouro, plateia paga para aplaudi-lo. Notícias “boas” de seu “governo” só mesmo nas emissoras oficiais e pagas a peso de ouro. Impopular ao ponto das pessoas trocarem de canal na TV quando o mesmo aparece destilando sua costumeira e cansada verborragia ultrapassada e completamente fora de tempo.

Quem de bom senso e com o mínimo de entendimento e conhecimento de como funciona o sistema eleitoral brasileiro não desconfia que o Brasil de 2022 foi palco da maior fraude eleitoral da história das democracias modernas? Este presidente só é legitimo mesmo para o Congresso Nacional Brasileiro, celeiro de personagens bizarros que se agarram ao poder em troca de benesses financeiras e poder pessoal, além, é claro, do STF – Supremo Tribunal Federal, que de supremo só tem mesmo o nome.

Quem diria que o STF, ambiente outrora respeitado fosse mudar seu tradicional conceito de guardião da Constituição e se transformar nesse ambiente carregado de desconfianças e principalmente desconfiança quanto à conduta ética, moral e cívica de seus ocupantes? Onze pessoas que controlam a vida de duzentos e dez milhões de brasileiros com mão de ferro.

Nenhuma instituição pública brasileira hoje tem o poder de autonomia, sem que algum ministro do STF lhe diga o que é certo ou errado e como proceder. Não temos mais uma Constituição Federal. Esse arremedo que seguimos é fruto da cabeça doentia de algum ministro do STF que julga ditar as regras da nossa civilidade. Não mais podemos nos expressar livremente sem o risco de ter que responder a um processo por ‘ameaça à democracia’, quando na verdade essa mesma liberdade de expressão é a única garantia da nossa modesta democracia.

Imagem: Ilustrativa


Vivemos momentos muito sombrios.

O Congresso Brasileiro preso na luta pelo poder, faz tempo não representa mais o povo brasileiro médio. E aquele brasileiro sem conhecimento, que permuta seu voto por alguns trocados também não estão ali representados pois quem compra voto nada deve ao “coitado” do eleitor. Ao que parece, caíram no conto da malandragem pura e simples. Além da possibilidade de fraudes, os mandatos populares não tem a efetiva representatividade porque são comprados de supostos líderes que negociam currais recheados de “votos” em troca de benesses.

Alguém ser eleito pela vontade popular mesmo, pela aceitação e convencimento de suas ideias, pela capacidade de contribuição intelectual para melhorar nossas leis no Brasil é muito raro. Mais especialmente no nordeste é quase impossível. Aqui o que predomina mesmo é a malandragem eleitoral.

Aqui quanto mais “coitado” for o eleitor, mais chances o malandro tem de surrupiar-lhe o voto. Nesse período de caça ao voto, a malandragem está solta e praticando toda horda de oportunismo descarado sem que nossas supostas autoridades eleitorais encarregadas de zelar pela igualdade de luta na eleição, tome conhecimento e faça valer os ditames da lei eleitoral. Parece que estão vivendo em outro planeta. Não é com eles.

Como confiar nessa gente?

A campanha eleitoral está na rua sob o manto obscuro de pré-campanha. Compra-se apoios, cooptam-se candidatos adversários, fazem miséria. Só não tem mesmo é o entendimento com o “coitado” do eleitor. Esse, o “malandro” mais na frente decide e resolve por ele. E o que pior parece é o uso indevido da máquina pública e dos recursos que essa máquina detém em favor do seu preferido, do seu ungido.
Pelo andar dessa carruagem, o “coitado” do eleitor sem nenhum conhecimento, vai terminar por legalizar o “malandro” eleitoral sem ao menos saber o que fez.