Por Douglas Ferreira
Indiscutivelmente, “algo de errado não está certo”. O irmão do senador Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado, enfrenta dificuldades em esclarecer a origem do dinheiro encontrado consigo e acaba perdendo uma mala contendo R$ 500 mil. Vale ressaltar que a presença de dinheiro em malas não é uma novidade no cenário político brasileiro. Quem não recorda do ex-ministro do governo Dilma Rousseff, Gedel Vieira Lima, preso e condenado com uma série de malas e caixas repletas de dinheiro em Salvador, totalizando 51 milhões de reais? Um assessor de Michel Temer também foi flagrado com uma mala contendo 500 mil. Enfim, no ambiente político, a circulação de quantias expressivas é tão comum que perder 500 mil ou 51 milhões aparentemente não faz a menor diferença. Entenda os detalhes envolvendo os Alcolumbre:
Segundo as apurações da investigação, o dinheiro encontrado, que seria utilizado para custear despesas de campanha eleitoral, pertencia a Alberto Alcolumbre. Duas malas, contendo quase R$ 500 mil, foram descobertas em um carro preto interceptado pela Polícia Militar de São Paulo.
Ao ser interpelado sobre o motivo de tentar evadir uma blitz policial, o motorista afirmou que “não era ladrão” e que os recursos provinham de empresários para financiar uma campanha política.
O incidente ocorreu antes das eleições do ano passado, e, de acordo com as investigações, Alberto Alcolumbre, conhecido como “Beto Alcolumbre”, admitiu que o dinheiro era seu. Ele tentou recuperar as malas com o montante, porém, a decisão judicial recente resultou na perda dos quase R$ 500 mil.
Em uma entrevista, o irmão do senador afirmou que o dinheiro era fruto de seu trabalho como advogado e de transações comerciais, como a venda de veículos. Ele declarou que, quando possui recursos, costuma quitar suas despesas utilizando dinheiro em espécie.