Por Wagner Albuquerque
Os consumidores que consideram a compra de um carro eletrificado devem se apressar, pois os preços desses veículos aumentarão em julho devido ao aumento das alíquotas do Imposto de Importação. Para carros híbridos, a alíquota subirá para 25%, enquanto para híbridos plug-in e elétricos, as alíquotas serão de 20% e 18%, respectivamente.
O vice-presidente regional da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Ronaldo Munhoz, prevê que os preços dos veículos eletrificados devem se manter ou até subir em 2024 e 2025. Ele ressalta que as montadoras estão discutindo as novas políticas tributárias com o governo, o que pode influenciar os preços. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também está em diálogo com o governo sobre a tributação diferenciada para carros importados e nacionais.
Recentemente, o presidente da Fenabrave, Márcio Leite, expressou preocupação com a “invasão de produtos asiáticos, principalmente da China”, e defendeu o retorno do imposto de 35% para os carros eletrificados. No entanto, a BYD, uma fabricante chinesa, criticou essa posição, destacando que o governo brasileiro tem se esforçado para atrair eventos internacionais como a COP 30, e que tal medida seria contraproducente.
Com o aumento do imposto de importação, as alíquotas para carros elétricos e híbridos terão um escalonamento nos próximos anos, chegando a 35% em julho de 2026. A oferta e demanda de veículos eletrificados devem ser afetadas, com consumidores antecipando compras para evitar preços mais altos. Apesar disso, Munhoz acredita que o mercado está se estabilizando, especialmente com a chegada de modelos competitivos de marcas chinesas, que têm forçado um reposicionamento dos preços.