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Publicado em: 13 setembro 2023 às 16:34 | Atualizado em: 13 setembro 2023 às 18:36

Capivaras aparecem em bando em condominío de luxo em Teresina

Os animais costumam chegar no final da tarde para se alimentar da grama – Foto: Reprodução

Dezenas de capivaras foram avistadas “invadindo” um condomínio de luxo Verana, na Zona Leste da capital, Teresina. Os moradores expressaram preocupação com a presença desses animais no residencial. O bando era de aproximadamente 100 animais. Embora as capivaras não sejam naturalmente agressivas, o Batalhão Ambiental aconselhou os residentes a não se aproximar delas, pois podem se tornar agressivas se se sentirem ameaçadas.

Imagens capturadas no final da tarde de terça-feira (12) mostram as capivaras nas áreas de jardim do condomínio, onde se alimentam da grama. Um morador disse que esses animais costumam aparecer no início da noite e frequentam o jardim.

A presença das capivaras causou preocupação entre os moradores, já que esses animais compartilham espaços com os cachorros das famílias. Além disso, as capivaras são hospedeiras do carrapato-estrela, um vetor da febre maculosa, uma doença infecciosa que tem causado preocupação no Brasil.

A administração do condomínio comunicou a situação ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, bem como às secretarias municipal e estadual do Meio Ambiente.

A migração das capivaras para áreas urbanas pode ser resultado do desmatamento na região – Foto: Reprodução

A superintendente do Ibama no Piauí, Thays Paiva de Almeida Freitas, explicou que “o desequilíbrio ambiental é uma das principais razões para a migração desses animais de um lugar para outro”. Ela destacou que “ações como o desmatamento podem perturbar o equilíbrio ambiental, levando as capivaras a se deslocarem”.

Thays também enfatizou “a importância de uma abordagem interinstitucional para lidar com o problema.

“Temos que entender que isso se trata de um problema de saúde pública. Tem que ser feito algo institucional, pois tudo está interligado. As pesquisas da Embrapa, o monitoramento do IBAMA, a Secretaria de Saúde e os demais órgãos do Estado e município tem que atuar conjuntamente”, completou a superintendente.

Redação Move Notícias