O presidente do Banco Central – BC, Roberto Campos Neto, em tom descontraído, destacou a preocupação de que “não é possível passar seis meses sem crise”. Essa afirmação refere-se à instabilidade e aos desafios enfrentados pela América Latina e pelos mercados emergentes. Ele apontou que, embora haja diversidade entre os países da região, uma sequência de choques econômicos e crises tem sido uma constante.
“Temos diversidade entre países [na América Latina], mas uma sequência de choques. Fizemos um comentário no Banco Central [do Brasil], que não conseguimos mais passar seis meses sem uma crise”, disse em discurso durante evento do Emerging Markets Forum, em Marrakesh, no Marrocos.
A declaração de Campos Neto faz sentido no contexto atual. Ele mencionou o impacto significativo da pandemia da Covid-19 na América Latina, onde cada país implementou programas fiscais massivos para combater os efeitos econômicos do flagelo. Além disso, muitos países reduziram as taxas de juros, como o Brasil, que chegou a registrar a menor taxa de juros da história da República durante o período pandêmico.
O presidente do BC enfatizou que os bancos centrais rapidamente reconheceram que a inflação não seria um fenômeno temporário. Ele também abordou a questão das altas dívidas pós-pandemia e o custo significativo desse endividamento para países avançados. Ele salientou a importância de lidar com os problemas fiscais globalmente, com ênfase na redução de custos de financiamento, especialmente para economias emergentes.
A fala de Campos Neto se refere a crises econômicas, instabilidade financeira e desafios contínuos que afetam países emergentes, incluindo o Brasil. A ideia central é que essas regiões têm enfrentado crises recorrentes e desafios econômicos que não podem ser subestimados. Portanto, ele destaca a necessidade de atenção contínua a essas questões e de implementar medidas para enfrentar essas crises de forma mais eficaz.
Por Douglas Ferreira