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Publicado em: 28 setembro 2023 às 19:53 | Atualizado em: 28 setembro 2023 às 20:09

Campos Neto defende “pouso suave” da economia

Para o presidente do BC “pouso suave” consiste em reduzir a inflação com o menor custo possível para a sociedade – Foto: Reprodução

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfatizou a atual condução da política monetária durante um debate realizado na Câmara dos Deputados. Ele reconheceu que a inflação está em queda e que as taxas de juros no Brasil são elevadas, expressando sua esperança de que os indicadores melhorem com um esforço fiscal do governo.

Campos Neto destacou que a economia está seguindo uma “trajetória de pouso suave”, apresentando um desempenho melhor do que muitos outros países. Ele explicou que esse “pouso suave” consiste em “reduzir a inflação com o menor custo possível para a sociedade, considerando os impactos no Produto Interno Bruto (PIB), no desemprego e no crédito”.

De acordo com dados do Banco Central, a inflação caiu 8,7 pontos percentuais entre 2022 e 2023, ao mesmo tempo em que houve uma estimativa de crescimento do PIB com variação negativa de 0,3 ponto percentual. Atualmente, o mercado projeta uma inflação de 4,86% para este ano e um crescimento do PIB de 2,92%.

Em relação aos juros, na semana anterior, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 12,75% em valores nominais, mantendo-a como uma das mais altas do mundo. Campos Neto mencionou que, em média, o período de 2019 a 2023 teve as menores taxas de juros da história recente, com uma média de 7,6% ao ano até agosto último.

O presidente do Banco Central também foi questionado sobre um erro no fluxo cambial que afetou cerca de R$ 14,5 bilhões, entre outubro de 2021 e dezembro de 2022. Ele explicou que houve uma falha operacional, já resolvida, e que o Tribunal de Contas da União aprovou as estatísticas corrigidas.

Em relação a comentários do BC sobre temas fiscais, Campos Neto respondeu às críticas de um deputado, destacando que a fiscalização é uma das dimensões do modelo e que o BC já falou mais sobre isso no passado.

Por fim, o deputado Evair Vieira de Melo elogiou a atuação do Banco Central, sugerindo que poderia ser eleito o melhor do mundo em 2023, repetindo o sucesso de prêmios anteriores pela atuação durante a pandemia e pela gestão das reservas.

Redação Move Notícias