Move Notícias

Publicado em: 16 abril 2024 às 19:07 | Atualizado em: 16 abril 2024 às 19:09

Camilo Santana: "Greve nas universidade federais é prejuízo para o Brasil e para os alunos"

Por Douglas Ferreira

Ministro Camilo Santana, em audiência no Senado – Foto: Lula Marques/Agência Senado

Dito e feito! Pelo menos 18 universidades federais, centros de educação tecnológica e institutos federais iniciaram greve nesta segunda-feira (15), enquanto outras 41 instituições ligadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior estão em processo de mobilização para aderir à paralisação. Os professores estão reivindicando um reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06%, sendo a primeira ainda neste ano e as outras duas para 2025 e 2026.

As demandas dos docentes incluem não apenas o reajuste salarial, mas também a reestruturação de carreira e a recomposição do orçamento. O ministro da Educação, Camilo Santana, expressou sua preocupação com a greve, afirmando que é um “prejuízo para o Brasil e para os alunos”. Ele relatou ter se reunido com sindicatos das categorias no ministério e apelado para que a greve não fosse deflagrada.

Camilo afirmou que o governo está comprometido em atender às demandas dos grevistas e que uma nova proposta será apresentada nesta sexta-feira, 19. Ele destacou a necessidade de melhorar as condições dos servidores técnico-administrativos.

Os docentes pleiteiam um reajuste salarial de 22%, enquanto os servidores técnico-administrativos buscam um aumento de 34%, ambos divididos em três parcelas até 2026 – Foto: Reprodução

Até o momento, 21 das 69 universidades públicas brasileiras já estão com as aulas paralisadas devido à mobilização dos professores e dos servidores técnico-administrativos. Os servidores técnico-administrativos de pelo menos 30 institutos federais também estão em greve há um mês.

Os docentes pleiteiam um reajuste salarial de 22%, enquanto os servidores técnico-administrativos buscam um aumento de 34%, ambos divididos em três parcelas até 2026. Esses percentuais visam compensar as perdas salariais desde 2016, acrescidas das projeções inflacionárias para os próximos anos.

O ministro ressaltou que o Ministério da Educação criou um grupo de trabalho para lidar com as demandas das categorias e já encaminhou uma proposta para análise no Ministério da Gestão. Durante a audiência no Senado, Camilo abordou outros impasses na pasta, como a divulgação antecipada do resultado provisório do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e pediu celeridade na aprovação das mudanças no ensino médio, que estão em tramitação no Senado após terem sido aprovadas na Câmara.