Arthur Lira (PP-AL), rejeita articulação para salvar mandato de Deltan Dallagnol. E contaria com o apoio de líderes dos principais partidos na Câmara.
A cassação foi decidida na terça-feira (16), por unanimidade pelo TSE. A Corte Eleitoral entendeu que Deltan deixou o Ministério Público Federal para evitar punição em investigações da qual era alvo. A Lei da Ficha Limpa impede candidaturas de pessoas que utilizem esse expediente. Mas há controvércia por parte de juristas.
Aliados do procurador da Força Tarefa da Lava Jato contavam com uma reversão na Câmara. Entretanto as falas de Arthur Lira (PP-AL) sinalizam que isso não vai acontecer. Ele disse que a mesa diretora da Câmara vai seguir o que determinam as normas da Casa nestas circunstâncias.
“A Mesa seguirá o que determina o ato 37/ 2009, que trata dos procedimentos a serem observados nas hipóteses de perda de mandato. A Câmara precisa ser citada, a Mesa Direitora informar ao corregedor, o corregedor dar um prazo ao deputado, o deputado fazer sua defesa e assim sucessivamente”, disse Lira.
A Corregedoria encaminhou a notificação a Dallagnol nesta quinta (18). O parlamentar tem cinco dias para apresentar sua defesa à Câmara.
A declaração da perda do mandato cabe à Mesa Diretora da Casa. Como não há disposição da Câmara de enfrentar com Judiciário por conta de Deltan, o caso está praticamente encerrado.