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Publicado em: 5 setembro 2023 às 18:35 | Atualizado em: 5 setembro 2023 às 18:55

Caixa e BB fazem primeira transferência via Drex por bancos públicos

A Caixa Econômica Federal – CEF, e o Banco do Brasil – BB, alcançaram um marco ao efetuarem a primeira transferência de recursos entre bancos públicos por meio do Drex, o Real digital. Atualmente em fase de testes, essa versão tokenizada da moeda brasileira faz parte de um piloto organizado pelo Banco Central – BC, e conta com a colaboração dessas duas instituições financeiras. Essa iniciativa representa uma significativa inovação do BC, que posiciona o Brasil de maneira firme no cenário financeiro digital.

A transferência ocorreu nos dias 30 e 31 de agosto e envolveu a movimentação de reservas bancárias dos bancos no ambiente de testes do BC. Inicialmente, os valores foram transferidos da carteira do BB para a Caixa e, posteriormente, retornaram à carteira do BB.

O Drex é considerado pelo setor como a chave para a tokenização da economia, ou seja, a criação de representações digitais dos ativos reais. Em termos práticos, tanto o BC quanto o mercado financeiro têm a expectativa de que isso acelere as transações e aumente a segurança. O Drex se baseia em redes blockchain, oferecendo rastreabilidade das transações, a mesma tecnologia subjacente às principais moedas digitais. A liquidação será realizada com moeda segura emitida pelo BC.

A Caixa destaca que, no caso de financiamentos imobiliários, a utilização do Drex pode reduzir o tempo necessário para a liberação dos recursos de várias horas para algumas horas apenas. Outro cenário potencial de uso é a tokenização de títulos públicos ou privados.

Rita Serrano, presidente da Caixa, expressou entusiasmo pelos resultados positivos até agora e “pelo potencial das moedas digitais e transações ágeis”. Já Tarciana Medeiros, presidente do BB, descreveu o teste entre os dois bancos como “um passo importante para o projeto, demonstrando a capacidade de incorporar novas tecnologias e inovações aos modelos de negócio da instituição no Sistema Financeiro Nacional”.

Por Douglas Ferreira com informações do Estadão