Move Notícias

Publicado em: 5 fevereiro 2024 às 08:00 | Atualizado em: 4 fevereiro 2024 às 22:32

Brasil: número de empresas que fechou em 2023 aumentou 25%; confira os motivos

Por Wagner Albuquerque com informações de R7.

Os dados do Mapa de Empresas, do governo federal, apontam que em 2023, quatro empresas encerraram suas atividades a cada minuto no Brasil. O total de negócios extintos atingiu a marca de 2.153.840, representando um aumento de 25,7% em relação a 2022, conforme reportado pelo portal R7.

No ano anterior, 1.712.993 empresas haviam encerrado suas operações. Microempresas e empresas de pequeno porte foram as mais impactadas, contabilizando 2.049.622 e 49.631 encerramentos, respectivamente.

Entre janeiro e novembro de 2023, foram 670 as empresas que decretaram falência. A maioria, de acordo com o portal, era de micro e de pequenos negócios. Outras 1,3 mil entraram com um pedido de recuperação judicial, informa a Serviços de Assessoria S.A (Serasa).

Empresa no Piauí. Foto: Reprodução.

A Lojas Americanas, por exemplo, teve o pedido de recuperação judicial aprovado no final do ano passado, após acumular um rombo de R$ 40 bilhões em dívidas, afirma o R7.

Ainda em 2023, foram abertas 3.868.687 companhias, o que propiciou um saldo positivo de 1,7 milhão de empreendimentos iniciados e 20,7 milhões ativos em 2023. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o Mato Grosso foi a unidade da federação com maior crescimento percentual de empresas abertas. No Estado, foram criadas 86 mil empresas (alta de 6,4%).

O Estado de Roraima liderou o ranking de maior percentual de empresas fechadas, com uma variação de 41,2% em relação a 2022 e 3,5 mil companhias extintas. A seguir, aparecem Maranhão (aumento de 35,3%), Rio de Janeiro (33,8%), Distrito Federal (33,5%) e Amazonas (32,8%).

Os setores com mais empresas abertas em 2023 foram os de preparação de documentos e serviços especializados, comércio varejista de vestuário e acessórios, promoção de vendas e cabeleireiros, manicure e pedicure, segundo o ministério.

Comércio no centro de Teresina. Foto: Reprodução.

Estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sobre a taxa de sobrevivência das empresas no Brasil, informa que o microempreendedor individual (MEI) é o que apresenta a maior taxa de “mortalidade” de negócios, com 29% dos empreendimentos fechados em até cinco anos.

MOTIVOS

A pesquisa, realizada em 2020, é a mais recente sobre o tema, informou o R7. O levantamento também revelou que a maioria dos empreendedores teve menos acesso a crédito, fez menos esforços de capacitação e não tinha tanto conhecimento nem experiência no ramo.