Por Douglas Ferreira
O Brasil se destaca internacionalmente como um produtor de energia limpa, principalmente na modalidade gerada pelo vento. A região nordestina desponta como a principal produtora desse tipo de energia, respondendo por 90% da produção nacional. Entre os Estados que lideram essa produção, destacam-se o Rio Grande do Norte em primeiro lugar, seguido pela Bahia e, em terceiro, pelo Piauí.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o Brasil conta atualmente com 1.039 parques eólicos e mais de 11.000 aerogeradores em operação. A capacidade instalada em operação comercial e em teste atinge 31 GW, distribuídos em 12 Estados que adotam essa fonte limpa de energia.
Os ventos favoráveis do Nordeste lideram o cenário nacional, tornando a região uma das mais promissoras para investimentos nessa área. Esse destaque na produção de energia eólica contribui significativamente para o enfrentamento da emergência climática.
A importância da energia eólica para o país é notável, com investimentos que ultrapassam US$ 42,4 bilhões no período de 2010 a 2022, gerando 11 mil postos de trabalho e evitando a emissão de 26,9 milhões de toneladas de CO2 somente em 2022.
No final de 2023, o Ministério de Minas e Energia aderiu à Global Offshore Wind Alliance (GOWA), uma iniciativa que visa acelerar a implementação de energia eólica offshore em todo o mundo para enfrentar as crises climáticas e de segurança energética.
Internacionalmente, o Brasil está se destacando como um importante fornecedor de energia limpa. Segundo a ABEEólica, o país ocupa o sexto lugar no ranking mundial de capacidade eólica acumulada e já está em terceiro lugar na categoria de nova capacidade instalada de energia eólica em terra firme em 2022, conforme o Global Wind Energy Council (GWEC).
Quanto aos melhores Estados para produzir energia eólica, o último Boletim de Geração de Energia Eólica da ABEEólica, publicado em 2022, destaca:
- Rio Grande do Norte: com 248 parques instalados, 2.991 aerogeradores e uma potência de geração de 7.872,43 megawatts.
- Bahia: com uma geração de 7.633,37 MW, 276 parques e 2.828 aerogeradores.
- Piauí: responsável por gerar 3.583,95 MW, a partir de 108 parques e 1.246 aerogeradores.
Esses Estados demonstram a relevância da região nordestina na capacidade de produção eólica, com outros Estados como Ceará, Pernambuco, Maranhão, Paraíba e Sergipe também mostrando sua força nesse setor.