Por Wagner Albuquerque
O acesso a sites de pirataria de filmes, séries e transmissões esportivas registrou uma queda de aproximadamente 60% no Brasil entre 2018 e 2023, marcando a segunda maior redução global, atrás apenas do Japão. O país também apresenta um número relativamente baixo de acessos por usuário, cerca de 16 por ano, o quinto menor entre as nações rastreadas. O relatório, elaborado pela empresa de rastreamento Muso e pela consultoria Kearney, revela que a pandemia causou uma diminuição nos números em 2020, mas o consumo ilegal de conteúdo retornou aos níveis pré-pandêmicos a partir de 2022.
A queda expressiva no acesso à pirataria no Brasil é atribuída a ações de combate, como a Operação 404, que desativou mais de 600 sites piratas em novembro de 2023. No entanto, o site TorrentFreak destaca que fatores como o lançamento de plataformas de streaming legais e possíveis limitações na metodologia de rastreamento podem influenciar os dados. Além disso, a infraestrutura de internet precária pode contribuir para o baixo número de acessos per capita no país, evidenciando que a dificuldade de acesso também afeta o consumo legal de conteúdo online.
Enquanto isso, o Canadá surge como um “hotspot” de pirataria, registrando cerca de 92 visitas anuais por usuário e um crescimento de aproximadamente 40% entre 2018 e 2023. Outros países, como Singapura, Catar, Emirados Árabes Unidos, Suécia, Noruega e Hong Kong, também são destacados pela alta incidência de acessos ilegais.