Por Douglas Ferreira
A notícia promissora para 2024 é o impulso nas bolsas mundiais devido à perspectiva de redução das taxas de juros. A expectativa é que esse movimento supere o ocorrido há quatro anos. Mas o que isso significa? Quem se beneficia com essa situação? E como o Brasil entra nesse cenário? Vamos esclarecer essas questões.
Os mercados de ações globais celebraram e registraram o ano mais robusto desde 2019, pré-pandemia. Esse crescimento foi notável nos últimos dois meses, impulsionado pela percepção de que os principais bancos centrais encerraram o ciclo de aumento das taxas de juro e, pelo contrário, planejam reduzi-las rapidamente no próximo ano. O índice MSCI World, que abrange as ações dos mercados desenvolvidos, aumentou significativamente, alcançando uma alta de 22% no ano, o maior resultado em quatro anos.
Os Estados Unidos lideraram esse avanço, com o S&P 500 registrando um aumento de 25% no ano. O índice composto Nasdaq teve um impressionante aumento de 45%, especialmente devido à valorização das ações de grandes empresas de tecnologia, como a Nvidia, cujas ações subiram 240%, impulsionadas pela crescente demanda por semicondutores de alta qualidade devido ao avanço da inteligência artificial.
Os mercados europeus também refletiram esse bom desempenho, com índices como o DAX da Alemanha crescendo 20%, o CAC da França ganhando 16,75%, e o FTSE MIB da Itália disparando quase 30%, recuperando-se das perdas em 2022. O Stoxx 600 pan-europeu, que monitora as maiores empresas europeias, teve um ganho de mais de 12%.
No entanto, o FTSE100 de Londres teve um desempenho mais modesto, com um aumento de apenas 4% no ano, influenciado pela falta de ações de tecnologia e pela exposição significativa a setores de mineração e energia.
E quanto ao Brasil?
Em 2023, o Ibovespa experimentou recordes, sendo o melhor ano desde 2019, com um aumento de 21,7%. A virada aconteceu em dezembro, impulsionada por perspectivas otimistas nos mercados interno e externo.