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Publicado em: 5 junho 2024 às 19:50 | Atualizado em: 6 junho 2024 às 08:57

Bolsa cai, dólar sobe, fecha em R$ 5,29 e renova maior patamar desde janeiro de 2023

Por Douglas Ferreira

O dólar avançou 0,23%, alcançando a marca de R$ 5,2971, registrando seu maior nível desde 5 de janeiro de 2023 – Foto: Reprodução

O dólar encerrou o dia em alta, atingindo o seu maior patamar desde janeiro de 2023, enquanto o Ibovespa registrou uma queda. Esta movimentação ocorreu em meio ao acompanhamento por parte dos investidores de uma série de indicadores tanto nacionais quanto internacionais ao longo da semana.

Além dos dados recentes sobre a economia brasileira divulgados pelo IBGE, informações econômicas dos Estados Unidos também têm exercido influência sobre a cotação do dólar nos últimos dias. As decisões de política monetária em países desenvolvidos também continuam a ser monitoradas de perto.

O dólar avançou 0,23%, alcançando a marca de R$ 5,2971, registrando seu maior nível desde 5 de janeiro de 2023. No mesmo sentido, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em queda, atingindo os 121.407 pontos.

A oscilação do dólar tem sido impulsionada, em grande parte, pelas incertezas em torno das decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Dados econômicos recentes sugerem uma possível desaceleração da economia norte-americana, o que tem levado alguns a especularem sobre cortes nas taxas de juros pelo Fed a partir de setembro.

No entanto, indicadores como o índice de gerentes de compras não manufatureiro do ISM, que apresentou crescimento do setor de serviços nos EUA em maio, geram incertezas sobre os próximos passos do Fed.

Além disso, a variação nos preços das commodities e as perspectivas da balança comercial brasileira têm contribuído para a valorização do dólar em relação ao real. Preocupações com o cenário fiscal do Brasil também afetam o desempenho do real em comparação com outras moedas de países emergentes.

A agenda econômica continua movimentada, com destaque para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e os dados da balança comercial da China, ambos previstos para os próximos dias. A próxima semana reserva a tão aguardada decisão sobre os juros nos Estados Unidos.