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Publicado em: 4 dezembro 2023 às 14:42

Bitcoin supera os US$ 41 mil pela primeira vez desde abril de 2022

Por Wagner Albuquerque

Não apenas as ações estão passando por um período de recuperação; nesta segunda-feira, o Bitcoin atingiu a marca acima dos US$ 41 mil pela primeira vez desde abril de 2022, o período que precedeu o colapso da cripto-picaretagem TerraUSD.

A elevação do Bitcoin é respaldada pela mesma tendência que impulsionou o aumento nas bolsas, que é a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos iniciará a redução das taxas de juros no início do próximo ano. Um aumento adicional na taxa de juros dos EUA, atualmente em 5,5% ao ano, parece improvável para Wall Street.

A redução nas taxas de juros implica em dinheiro mais acessível para investimentos mais arriscados, incluindo o ambiente volátil das criptomoedas. Daí a ascensão do Bitcoin. O Ethereum, a segunda maior criptomoeda do mundo, também está em alta nesta manhã.

Uma segunda explicação para a valorização do Bitcoin é a forte aposta de que a Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA poderá finalmente autorizar a criação de Exchange Traded Funds (ETFs) de Bitcoin. A expectativa é que a aprovação ocorra em janeiro, quando expira o prazo para a autarquia analisar parte dos pedidos de ETFs.

Esta especulação ganhou força em novembro, alimentando uma interpretação peculiar do mercado. Há rumores de que grandes gestoras, como a BlackRock, já estão adquirindo a moeda em antecipação a uma decisão favorável da SEC. No entanto, no ambiente volátil das criptomoedas, há muitos disseminando informações sem embasamento na tentativa de manipular o mercado.

Na semana passada, a SEC informou ter se reunido com gestores da Grayscale (que possui um fundo de criptomoedas e busca transformá-lo em ETF), da BlackRock e da Nasdaq, o que serviu como mais um indicativo de que os ETFs podem ser aprovados.

O aumento do Bitcoin contrasta com os sinais negativos nos futuros de Nova York e as quedas nos preços do petróleo e do minério de ferro. A desvalorização dessas duas commodities tende a exercer pressão sobre o Ibovespa, embora o índice tenha conseguido se manter relativamente imune à turbulência no mercado de petróleo. Que a semana prossiga com bons negócios.