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Publicado em: 20 setembro 2023 às 07:04 | Atualizado em: 20 setembro 2023 às 11:39

BC deve baixar juro para 12,75% ao ano nesta quarta, menor nível em 16 meses

Nesta quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária – Copom, do Banco Central, se reunirá e, de acordo com estimativas de economistas das instituições financeiras, é esperado que reduza a taxa básica de juros da economia de 13,25% para 12,75% ao ano. Isso marcaria o segundo corte consecutivo na taxa Selic, que começou a diminuir em agosto deste ano. Se confirmada essa redução, a taxa estaria no patamar mais baixo desde maio de 2022, quando estava em 11,75% ao ano.

A expectativa de que a taxa de juros caia para 12,75% ao ano baseia-se em indicações dadas pelo próprio Banco Central. Em seu comunicado na última reunião, quando houve um corte de 0,5 ponto percentual, o Copom sinalizou a possibilidade de continuar promovendo reduções da mesma magnitude.

Os analistas do mercado financeiro projetam que a taxa de juros continuará diminuindo nos próximos meses, encerrando 2023 em 11,75% ao ano. Para o final de 2024, a projeção é que a Selic caia para 9% ao ano.

O Banco Central está focando em metas de inflação para definir a taxa básica de juros, visando controlar o aumento dos preços. A meta de inflação para o próximo ano é de 3%, com uma tolerância de variação entre 1,5% e 4,5%. Na semana passada, os economistas do mercado financeiro reduziram sua estimativa de inflação para este ano, de 4,93% para 4,86%, e projetaram uma inflação de 3,98% para 2024.

A redução da taxa de juros terá diversas consequências na economia brasileira, incluindo a redução das taxas bancárias, estímulo ao crescimento econômico, melhora das contas públicas devido à diminuição dos gastos com juros da dívida pública e impacto nas aplicações financeiras, que tendem a ter rendimentos menores.

No entanto, economistas apontam que, apesar do aumento da inflação em agosto deste ano, os dados ficaram abaixo das expectativas, o que indica que ainda há espaço técnico para redução dos juros. A expectativa é que o Copom mantenha sua postura cautelosa na reunião e nos próximos encontros, considerando o cenário econômico atual e as projeções para o futuro.

Redação Move Notícias