Por Douglas Ferreira com informações do DP
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, finalmente se manifestou sobre as declarações controversas do presidente Lula, que comparou a guerra em Gaza ao Holocausto nazista. Barroso foi enfático ao criticar a banalização do Holocausto, descrevendo-o como “uma desumanidade mais profunda”.
Embora não tenha confrontado diretamente Lula, Barroso deixou claro que a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas não pode ser equiparada ao massacre perpetrado por Hitler contra os judeus. O ministro falou com propriedade, tendo visitado a Alemanha e o campo de concentração de Auschwitz, na fronteira com a Polônia onde testemunhou tudo o que restou das atrocidades do Holocausto.
Ao ser questionado sobre as declarações antissemitas de Lula, Barroso criticou a tentativa do ex-presidente de igualar a ação de Israel em Gaza ao Holocausto. Ele ressaltou a importância de tratar o tema do Holocausto com respeito e seriedade, dada a magnitude do sofrimento dos seis milhões de judeus mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
Apesar de evitar um confronto direto com Lula, Barroso elogiou as declarações sensatas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que pediu uma retratação de Lula, e do líder do governo, senador Jaques Wagner, que expressou sua decepção com a referência ao Holocausto feita pelo ex-presidente.
Barroso destacou a evidência de que o Hamas é um grupo terrorista e ressaltou que o Holocausto não deve ser banalizado, pois representa um sofrimento inimaginável para os judeus e para aqueles que testemunharam suas consequências, como ele mesmo ao visitar Auschwitz. Ele descreveu sua experiência pessoal em Auschwitz como “algo impactante e que merece ser tratado com respeito e seriedade”.