O presidente do Banco Central – BC, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira, 17, que a decisão de elevar ou reduzir o ritmo de cortes da taxa Selic alige um alto patamar de avaliação.
Campos Neto destacou que a abordagem de redução de 0,50 ponto percentual é considerada apropriada dentro do atual cenário. Ele enfatizou que tanto para aumentar quanto para diminuir o ritmo de corte, as barreiras são bastante elevadas. A análise leva em consideração diversos fatores, incluindo a inflação corrente, as expectativas do mercado e o hiato econômico.
Na entrevista concedida ao portal Poder 360, Campos Neto compartilhou que apoiou a sinalização de possibilidade de corte de juros na reunião de junho. E que também votou a favor de uma redução mais acentuada em agosto.
No início deste mês, o Copom surpreendeu parte do mercado ao iniciar o ciclo de afrouxamento monetário com um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, levando-a a 13,25% ao ano. O colegiado indicou ainda a intenção de manter o ritmo de cortes nas próximas reuniões.
Campos Neto também mencionou que a divisão na última reunião do Copom reflete uma divergência já presente na comunicação dos próximos passos desde a reunião de junho. A incerteza em relação à nova meta de inflação para 2026 e seu impacto nas expectativas de mercado influenciaram o debate. A estabilização da meta de inflação em 3,0% e a aproximação das expectativas de mercado a essa meta contribuíram para a dinâmica decisória.
O presidente do Banco Central destacou que os membros do Copom que defendiam manter a porta fechada para cortes em junho optaram por uma redução de 0,25 ponto percentual, enquanto os que consideravam viável manter a porta aberta para cortes entenderam que as condições estavam favoráveis a uma redução de 0,50 ponto percentual.
Redação Move Notícias