Por Douglas Ferreira
Em São Paulo, a soltura de um balão de ar quente causou uma tragédia, destacando os perigos e ilegalidades dessa prática. Na madrugada de segunda-feira (22), um balão caiu na Rua Alto Belo, no Aricanduva, Zona Leste, causando danos significativos a imóveis e uma creche. O balão, antes de cair, passou por Itaquera, onde arrastou e tombou um carro na Rua Jaguaruna e ergueu uma moto, içando-a até a fiação elétrica na Avenida Pires do Rio.
A queda do balão causou um apagão em sete bairros da região, incluindo Itaquera, São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo, Vila Jacuí, Vila Carmosina, Vila Progresso e Vila Ré, deixando muitos moradores sem energia elétrica. Os bombeiros foram acionados por volta das 3h para conter um princípio de incêndio em uma residência, enquanto parte do balão danificou o parquinho de uma creche. Felizmente, não houve feridos.
A prática de soltar balões é crime previsto no artigo 42 da Lei nº 9.605/98. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ressaltou que, “fabricar, vender, transportar e soltar balões é ilegal e extremamente perigoso, podendo causar incêndios em áreas florestais e urbanas, além de ameaçar a segurança de voos. A pena para quem é flagrado praticando ou comercializando balões pode chegar a três anos de reclusão”.
Um morador cuja casa foi atingida por parte do balão comentou: “Acordei com a explosão no quintal de casa”.
“Infelizmente, pessoas irresponsáveis continuam a soltar balões. Hoje, as crianças da nossa creche foram prejudicadas”, disse uma funcionária.
A Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica, informou que 95% dos imóveis afetados já tiveram a eletricidade restabelecida. No entanto, imóveis em outros quatro quarteirões continuavam sem energia até as 6h30 desta segunda-feira.
A Polícia Civil está investigando o caso para identificar os responsáveis. Soltar balões é um crime ambiental grave e deve ser tratado com seriedade para evitar tragédias futuras.