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Publicado em: 8 junho 2024 às 18:50 | Atualizado em: 8 junho 2024 às 19:06

Ausência de dados: Ministra da Segurança argentina não tem detalhes sobre foragidos do 8 de Janeiro

Por Wagner Albuquerque

Ministra de Segurança argentina, Patricia Bullrich. Foto: @patobullrich via Instagram / Estadão

A ministra da Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, declarou neste sábado, 8, que o governo argentino não possui informações sobre os brasileiros que, segundo a Polícia Federal, teriam quebrado suas tornozeleiras eletrônicas e fugido para a Argentina para escapar das condenações relacionadas aos protestos de 8 de janeiro de 2023.

Recentemente, a Polícia Federal iniciou novas operações da Operação Lesa Pátria, visando capturar 208 fugitivos envolvidos nos ataques aos Três Poderes. Embora a lista de fugitivos não seja divulgada, a identidade de pelo menos sete bolsonaristas, sentenciados a mais de dez anos de prisão, se tornou pública após eles romperem suas tornozeleiras e fugirem para a Argentina e o Uruguai.

Em uma entrevista à Rádio Mitre, da Argentina, a ministra foi questionada sobre a posição do governo de Javier Milei em relação aos foragidos bolsonaristas que teriam buscado asilo político no país. “Não temos informações sobre esse assunto”, afirmou Bullrich, destacando que não há “alertas vermelhos” relacionados a essas pessoas.

Ela também mencionou que, até o momento, o Ministério da Segurança não recebeu solicitações formais do governo brasileiro para a extradição dos fugitivos, enfatizando a necessidade de um pedido oficial para que a Argentina tome medidas nesse sentido.

Quando perguntada se a entrada dos foragidos no país foi confirmada, Bullrich respondeu que, embora brasileiros entrem diariamente, não há detalhes sobre quem são, quantos são e quais são seus motivos.

A operação da Polícia Federal visa capturar réus que deliberadamente violaram medidas cautelares impostas pelo Judiciário, não se apresentaram para cumprir a pena ou fugiram para outros países para evitar a aplicação da lei. Até a tarde de quinta-feira, 48 dos 208 foragidos haviam sido presos, com diligências realizadas em 18 estados e no Distrito Federal.