Por Wagner Albuquerque
A partir desta segunda-feira, 1º de julho, a bandeira tarifária amarela entra em vigor nas contas de energia elétrica. Isso resultará em um custo adicional de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, impactando tanto os consumidores quanto a inflação de julho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a nova bandeira na última sexta-feira, 28 de junho, encerrando um período de 26 meses de bandeira verde que vigorou desde abril de 2022, devido às boas condições de geração de energia no país.
De acordo com a Aneel, as condições de geração de energia atualmente são desfavoráveis. A previsão de chuvas 50% abaixo da média até o final do ano e o aumento no consumo de energia elétrica justificaram a mudança para a bandeira amarela. “Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas — que têm a energia mais cara que hidrelétricas — passem a operar mais”, informou a Aneel, em comunicado.
A Aneel destacou que os fatores que levaram ao aumento da conta de luz foram o risco hidrológico (GSF) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), já que atualmente não há despacho de termelétricas fora da ordem de mérito. Em fevereiro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já havia alertado para a baixa vazão das usinas no período seco deste ano. Cada bandeira tarifária reflete o cenário energético, que varia de favorável (verde) a desfavorável (vermelha patamar 2). Em março, a Aneel aprovou novos valores adicionais para a conta de luz, reduzindo os custos em todos os patamares. A bandeira amarela teve maior redução, caindo de R$ 2,99 para R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.
Segundo a Aneel, com a mudança para a bandeira amarela, é necessário ficar atento ao consumo de energia. “A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, afirmou a agência. “A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais.”