Por Douglas Ferreira com informações G1
Diferentemente das expectativas de alguns e até mesmo de torcidas contrárias de outros, a mega manifestação realizada neste domingo, 25, na Avenida Paulista, em São Paulo, transcorreu em clima de serenidade e harmonia. Embora o número total de participantes não tenha sido divulgado oficialmente, as imagens revelam que mais de seis quarteirões foram completamente tomados por patriotas, eleitores e admiradores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
No ato convocado por ele, Bolsonaro, o ex-presidente defendeu a anistia para os detidos em 8 de janeiro, incluindo mulheres e idosos que não estavam envolvidos nos distúrbios ocorridos nos prédios dos três poderes. Bolsonaro aproveitou o momento para enfatizar a busca pela unificação do país e negou qualquer tentativa de golpe no país.
“O que eu busco é a pacificação, é virar a página do passado. É buscar uma maneira de vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do Parlamento brasileiro (…) uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília”, declarou o ex-presidente Jair Bolsonaro.
E continuou, “Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Agora pedimos a todos os 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para fazer justiça em nosso Brasil”.
Bolsonaro também negou ter tentado dar um golpe de Estado. O ex-presidente, ex-ministros, assessores e militares são alvos de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga essa suposta tentativa de golpe.
Nas primeiras horas da manhã
Os apoiadores começaram a chegar pela manhã e os discursos tiveram início por volta das 14h30. Bolsonaro chegou por volta das 15h, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Além de Bolsonaro, discursaram o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, a ex-primeira-dama Michelle, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o pastor Silas Malafaia e parlamentares que apoiam o ex-presidente.
Em geral, os discursos defenderam Bolsonaro e o governo anterior
Valdemar falou antes da chegada de Bolsonaro – ambos estão proibidos de se encontrar devido às investigações sobre a tentativa de golpe. O presidente do PL afirmou que, graças aos eleitores de Bolsonaro, a legenda se tornou o “maior partido do Brasil”.
A ex-primeira-dama fez um discurso motivacional com forte teor religioso
“Desde 2017, estamos sofrendo, estamos sofrendo por exaltarmos o nome de Deus, porque meu marido foi escolhido e porque ele declarou que era Deus acima de tudo”, disse Michelle.
O que disse Bolsonaro no discusso?
Bolsonaro foi o último a falar. Ele começou relembrando sua trajetória política, o atentado sofrido durante a campanha de 2018 e “aquilo que aconteceu em outubro de 2022” – referindo-se à eleição em que foi derrotado ao tentar se reeleger. “Vamos considerar isso uma página virada na nossa história”, afirmou.
O ex-presidente então afirmou ser alvo de perseguição e negou qualquer envolvimento em tentativa de golpe de Estado.
“O que é golpe? Golpe é tanque nas ruas. São armas, conspirações. É trazer classes políticas para o seu lado. Empresariais. É isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil. Então, por que continuam me acusando de golpe? Agora, o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição?”, concluiu Bolsonaro.
Tarcísio de Freitas declarou amizade
Tarcísio de Freitas agradeceu Bolsonaro e o chamou de amigo. Ex-ministro de Bolsonaro e eleito governador de SP com o apoio dele, Tarcísio de Freitas falou antes do ex-presidente.
Tarcísio agradeceu Bolsonaro, a quem chamou de amigo.
“Eu não vou chamá-lo de presidente agora, vou chamá-lo de Bolsonaro, meu amigo Bolsonaro. Você não é mais um CPF, você não é mais uma pessoa, você representa um movimento”, afirmou.
Tarcísio também elogiou o governo de Bolsonaro e disse que o público “estava com saudade de vestir o verde e amarelo”.
Pastor Silas Malafaia
O pastor Silas Malafaia falou em seguida. Ele disse que não atacaria o Supremo Tribunal Federal, mas criticou as investigações contra o ex-presidente, em trâmite na Corte.