Por Wagner Albuquerque
Em janeiro, o governo argentino anunciou um marco histórico: o primeiro superávit mensal em 12 anos. A notícia, divulgada na noite de sexta-feira, 16 de fevereiro, revelou um superávit de aproximadamente US$ 589 milhões (R$ 2,93 bilhões no câmbio oficial), incluindo o pagamento de juros da dívida pública, que totalizou US$ 1,4 bilhão (R$ 7 bilhões).
O Ministério da Economia destacou que esse é o “primeiro superávit financeiro [mensal] desde agosto de 2012 e o primeiro superávit financeiro em um mês de janeiro desde 2011”. Zerar o déficit público é uma meta crucial da gestão de Milei, envolvendo revisão de subsídios, congelamento de investimentos públicos e esforços para recompor as reservas internacionais, visando restabelecer a confiança dos investidores.
O ministro da Economia, Luis Caputo, celebrou o resultado nas redes sociais, enfatizando que “Déficit zero não se negocia”, citando o presidente Javier Milei, que respondeu com seu slogan político: “Viva la libertad, carajo!”.
Apesar desses avanços, Milei rejeita a ideia de estabelecer um novo salário mínimo para compensar a inflação anual de 250%, argumentando que a negociação deve ser direta entre trabalhadores e empregadores, sem intervenção estatal. Enquanto a Argentina mantém um acordo de empréstimo de US$ 44 bilhões com o FMI, o governo Milei busca reorganizar a economia, obtendo a liberação de US$ 4,7 bilhões em parcelas para a rotação da dívida na primeira reunião de revisão do acordo em janeiro.
O que isso representa?
O superávit, no contexto econômico de um país, refere-se a um resultado financeiro positivo em suas contas públicas. No caso da Argentina, o anúncio do primeiro superávit mensal em 12 anos indica que o governo teve um excedente de receitas em relação às despesas durante o mês de janeiro. Isso é considerado um marco significativo, especialmente porque o país vinha enfrentando déficits mensais ao longo desse período.
Essa conquista implica que a Argentina conseguiu equilibrar suas contas, registrando um resultado financeiro positivo de aproximadamente US$ 589 milhões. Zerar o déficit público tornou-se uma meta crucial para a administração, envolvendo medidas como revisão de subsídios, congelamento de investimentos públicos e esforços para recompor reservas internacionais. Além disso, busca-se restaurar a confiança dos investidores.
O superávit é celebrado como um indicativo de estabilidade econômica, sugerindo que o país está gerando mais receitas do que gastando, o que pode ter impactos positivos na confiança do mercado e na capacidade do governo de lidar com suas obrigações financeiras.