Por Douglas Ferreira
A Academia Piauiense de Letras – APL, realizou uma “Sessão da Saudade” em homenagem a Celso Barros Coelho, o renomado jurista que mesmo nascido em Pastos Bons, no Maranhão, adotou o Piauí para estudar, trabalhar e viver. O Dr Celso Barros, faleceu aos 101 anos dia 10 de julho passado.
A cerimônia, realizada no último sábado (18), na Nova ESA (Escola Superior de Advocacia), contou com significativa participação de acadêmicos, juristas, políticos, familiares e amigos. O evento destacou o legado e a valiosa contribuição de Celso Barros para o Direito e para a história política e social do Piauí.
Currículo
Celso Barros Coelho, foi ocupante da Cadeira 39, da APL. Como profissional, foi um distinto advogado, professor, escritor, e também desempenhou papéis importantes na OAB e na política. Aliás, exerceu mandatos como deputado estadual e federal. Pela defesa intransigente dos direitos do cidadão terminou por ser cassado durante o regime militar de 1964.
O discurso ‘panegírico’ a Celso Barros Coelho, presidido pelo acadêmico Zózimo Tavares, teve como orador o escritor e acadêmico Oton Lustosa, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Piauí. Lustosa, em sua fala ‘encomiástica’, destacou a vida e carreira do homenageado, desde sua infância humilde até suas realizações como jurista, docente universitário e político.
O discurso abordou a notável atuação de Celso Barros na advocacia, sua cassação e retorno à política, além de sua contribuição como parlamentar na Câmara dos Deputados, onde integrou a Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, e teve papel destacado na elaboração do Código Civil Brasileiro.
A relação afetuosa de Celso Barros com a Academia Piauiense de Letras foi enfatizada, destacando a participação assídua nas sessões e seu papel em diversas ocasiões solenes. O presidente da OAB/PI, Celso Barros Coelho Neto, agradeceu a homenagem em nome da família, compartilhando memórias ‘inolvidáveis’ da convivência com o avô.
A sessão contou com a presença de acadêmicos, advogados e convidados ilustres, incluindo representantes de outras academias, reforçando o reconhecimento da comunidade acadêmica para com a figura ‘insigne’ de Celso Barros Coelho.