Por Wagner Albuquerque
A jovem israelense Noa Argamani, de 26 anos, resgatada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) no último sábado, 8, estava sendo mantida em cativeiro pelo grupo Hamas dentro do apartamento de um repórter da emissora de notícias árabe Al Jazeera. Segundo relatórios da Open Source Intelligence Monitor (OSINT), Noa foi detida por Abdallah Aljamal, um fotojornalista, redator e editor da Al Jazeera e do Palestinian Chronicle. Durante a operação de resgate, Aljamal e membros de sua família foram mortos ao tentar impedir a retirada de Noa do local.
De acordo com informações da OSINT, Noa foi mantida em um apartamento separado, situado em um prédio diferente dos outros reféns resgatados por Israel, nomeadamente Andrey Kozlov, Shlomi Ziv e Almog Meir Jan. O governo de Israel se pronunciou sobre o caso, destacando que Abdullah Al Jamal, jornalista da Al Jazeera e ex-porta-voz do Ministério do Trabalho do Hamas, manteve Noa Argamani como refém em sua própria casa.
Noa Argamani ganhou destaque internacional após ser vista em um vídeo no qual era levada pelo Hamas. Ela foi sequestrada durante um festival de música eletrônica atacado pelo grupo terrorista em 7 de outubro. Noa, nascida na China, completou 26 anos pouco tempo depois do sequestro. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia solicitado ajuda ao governo chinês para pressionar os terroristas a libertarem a jovem.
Em janeiro deste ano, o Hamas divulgou uma propaganda na qual Noa pedia ao Exército israelense para interromper os bombardeios na cidade de Gaza, ameaçando executar ela e outros reféns caso contrário. Em um vídeo subsequente, os terroristas alegaram ter executado dois reféns por ataques israelenses em Gaza.
Após o resgate, um vídeo do emocionante reencontro entre Noa e seu pai foi divulgado pelas FDI:
Comment retenir ses larmes face à ces images! Noa Argamani est libre pic.twitter.com/deVe2UMCPN
— Chrystopher Barolin (@ChrysBarolin) June 8, 2024