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Publicado em: 26 novembro 2023 às 10:08 | Atualizado em: 26 novembro 2023 às 10:08

Aos 92 anos posentado cria turbina eólica 3x mais potente, capaz de gerar 30 GWh por ano

A usina eólica de Bendix é revolucionária – Foto: Foto: Ciclovivo

A trajetória de Horst Bendix é um exemplo concreto de que a criatividade e a inovação não têm limites de idade. Aos 92 anos, ele entra para o seleto grupo de inventores da história moderna. Entenda: o aposentado desenvolve turbina de energia eólica que promete revolucionar o mercado de energia renovável. A turbina eólica apresenta um design inovador e a promessa de ser até 3 vezes mais eficiente.

A transição para fontes de energia mais sustentáveis é crucial para garantir um futuro ambientalmente seguro. Nesse contexto, a energia eólica, gerada pela força dos ventos, emerge como um elemento chave na substituição dos combustíveis fósseis. Engenheiros e especialistas em energia renovável buscam constantemente aprimorar a eficiência dos geradores eólicos, resultando em uma variedade de equipamentos, desde imponentes turbinas eólicas até versões compactas, adequadas para uso residencial e sistemas de mobilidade.

Uma nova turbina de energia eólica, desenvolvida por um aposentado, promete ser até 3 vezes mais eficiente que os modelos tradicionais.

Entre os que contribuem para inovações em energia renovável está Horst Bendix, residente em Leipzig, na Alemanha. Antes de sua aposentadoria em 1995, Horst desempenhou o papel de chefe de pesquisa e desenvolvimento na Kirow, uma fabricante de máquinas pesadas sediada em Leipzig. Com uma vasta experiência em projetar guindastes escavadeiras de lignite, Horst criou uma turbina de energia eólica que oferece desempenho superior, ocupando menos espaço na geração de eletricidade.

Essa inovação tem o potencial de ser um avanço significativo no setor de energia renovável, superando a necessidade de grandes áreas para parques eólicos. O projeto de Horst pode aproveitar ventos em altitudes superiores a 200 metros, proporcionando um desempenho energético superior, uma vez que os ventos nessa altitude são mais fortes e constantes, favorecendo uma colheita eólica mais produtiva. O design do novo gerador de energia renovável difere dos modelos convencionais.

No protótipo desenvolvido, a torre única tradicional das turbinas foi substituída por uma estrutura de três pernas composta por uma coluna vertical e duas colunas de suporte. Além disso, a configuração não inclui mais um único gerador no topo da nacela; em vez disso, vários geradores operam na parte inferior da turbina.

Chamada de Turbina Eólica Bendix, a proposta inovadora recebeu o sobrenome de seu criador. O diferencial do projeto está na modificação da estrutura clássica. Enquanto os geradores comuns têm uma torre que suporta uma estrutura côncava giratória contendo o cubo do rotor e as pás do rotor, a versão de Horst para geração de energia renovável apresenta uma abordagem distinta. Nela, o gerador de energia é instalado em uma moldura separada, e o sistema é fixado em uma base de três pernas.

Entretanto, esses sistemas enfrentam um desafio importante relacionado às forças de flexão causadas pelo vento sobre o rotor. Com a torre dobrando devido a forças consideráveis, é necessário um suporte significativo para resistir a essa flexão, requerendo um grande momento de resistência no solo.

À medida que a torre aumenta em altura, as forças de flexão se intensificam, resultando em maior instabilidade e riscos de danos à estrutura. A proposta de Horst é substituir a torre convencional por um tripé composto por uma coluna vertical e duas torres de sustentação.

A nova turbina eólica desenvolvida por Horst Bendix tem o potencial de gerar até 30 GWh por ano, triplicando a produção de energia de uma única turbina eólica convencional. Especialistas, como Frank Zeulner, preveem grande sucesso para a nova turbina, destacando uma capacidade de colheita de mais de 20 a 30 GWh por ano, em comparação com os aproximadamente dez gigawatts-hora de uma turbina convencional. A estabilidade é significativamente aprimorada devido à redução da carga na cabeça da torre, eliminando as altas forças de flexão associadas às turbinas tradicionais e permitindo fácil acesso a regiões mais altas com ventos mais intensos, resultando em um desempenho substancialmente superior.

Redação Move Notícias com informações da CPG