Por Douglas Ferreira
O presidente Lula tem sido alvo de críticas por suas declarações polêmicas que têm afastado investidores do mercado brasileiro. Após tentar intervir na gestão da Petrobras e provocar a desvalorização da empresa no mercado, agora ele direciona suas críticas ao próprio mercado, o que levanta preocupações sobre os reflexos desse comportamento impulsivo.
Ao declarar que o mercado é um “dinossauro voraz” que busca monopolizar os recursos em seu próprio benefício, Lula agrava a situação da já instável Petrobras, afugentando potenciais investidores. Sua ênfase em que a estatal deve considerar não apenas os acionistas, mas também os 200 milhões de brasileiros como proprietários ou sócios da empresa, amplia as incertezas sobre a condução dos negócios e a perspectiva de retorno financeiro para os investidores.
A repercussão imediata dessa declaração foi refletida no mercado financeiro, com as ações da Petrobras revertendo os ganhos do dia e registrando queda significativa. Os investidores interpretaram a fala de Lula como uma pressão do governo por uma política econômica mais intervencionista, o que gerou preocupações sobre a segurança dos investimentos no país.
O índice Ibovespa também foi afetado, registrando queda diante da incerteza provocada pelas declarações do presidente.
As ações da Petrobras (PETR4) iniciaram o dia em baixa, mas depois recuperaram o viés positivo com rumores sobre uma possível decisão relacionada à revisão dos pagamentos de dividendos extraordinários. No entanto, encerraram o pregão desta segunda-feira (11) em queda. O mercado foi influenciado negativamente no final do dia pelas declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que criticou a distribuição de dividendos pela Petrobras.
O presidente Lula parece esquecer que a Petrobras desde que entrou no mercado ações no ano 2000 passou a ter também a participação externa através dos acionistas. Quem investe não empresa não visa outra coisa senão lucro e dividendos.
O pregão que marcou a entrada da Petrobras na Bolsa de Nova York, em agosto de 2000, teve Pelé como contratado para promover a empresa no exterior. “A Petrobras é o Brasil que deu certo, o Pelé também”, declarou o jogador, à época, justificando sua contratação.
Portanto, a Petrobras, ou Petróleo Brasileiro S/A, é hoje uma empresa de capital aberto. E ao tomar a decisão de abrir o seu capital e entrar no mercado de ações na Bolsa de Nova York passou a receber investimentos externos que visam exatamente o que o presidente ao que parece tenta reduzir.