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Publicado em: 11 junho 2024 às 09:23 | Atualizado em: 11 junho 2024 às 09:35

Angola: Descoberto o maior diamante rosa dos últimos 300 anos

Por Douglas Ferreira

Um diamante rosa de 170 quilates, denominado “Rosa do Lulo”, foi recentemente descoberto em uma mina em Angola pela empresa australiana Lucapa Diamond Company. Esta gema já é reconhecida como a maior encontrada nos últimos 300 anos.

A Descoberta

A Lucapa Diamond Company anunciou, ainda no ano passado, a descoberta do diamante rosa puro na mina do Lulo, localizada no nordeste de Angola. Este diamante de 170 quilates, considerado um dos maiores diamantes cor-de-rosa já encontrados, foi revelado ao mundo em um comunicado conjunto da Lucapa, Endiama e Rosas & Pétalas, parceiras na Sociedade Mineira do Lulo. Além disso, a mina do Lulo já é famosa por abrigar os dois maiores diamantes encontrados em Angola.

Repercussão

A descoberta foi celebrada pelo governo angolano, que é parceiro na mina. O ministro dos Recursos Minerais de Angola, Diamantino Azevedo, comentou: “Este recorde e espetacular diamante cor-de-rosa de Lulo continua a mostrar que Angola é um ator importante no panorama mundial da extração de diamantes.” Esta pedra preciosa é classificada como do tipo IIa, uma categoria que inclui diamantes excepcionalmente puros e raros.

Leilão internacional

A “Rosa do Lulo” será leiloada em eventos internacionais e espera-se que alcance um valor extremamente alto. Antes de atingir seu valor total, o diamante passará por processos de corte e polimento, durante os quais pode perder até 50% do seu peso. Historicamente, diamantes cor-de-rosa semelhantes têm alcançado preços extraordinários. Em 2017, o “Pink Star”, um diamante de 59,6 quilates, foi leiloado em Hong Kong por 71,2 milhões de dólares, aproximadamente 70 milhões de euros, estabelecendo um recorde como o diamante mais caro já vendido.

Produção anual de diamantes

De acordo com o site LiveScience, cerca de 90 milhões de quilates de diamantes brutos são extraídos anualmente para a produção de joias, resultando em uma receita global superior a US$300 bilhões (R$15,7 trilhões). No entanto, a mineração de diamantes é frequentemente ligada a condições perigosas, deslocamento de comunidades indígenas, exploração de trabalhadores, poluição e violações dos direitos humanos, conforme relatado em 2018 pela Human Rights Watch, uma organização internacional sem fins lucrativos sediada nos EUA.

A descoberta da “Rosa do Lulo” não apenas destaca a rica mineração de diamantes em Angola, mas também promete deixar uma marca significativa no mercado internacional de gemas preciosas.