Por Douglas Ferreira
Um diamante rosa de 170 quilates, denominado “Rosa do Lulo”, foi recentemente descoberto em uma mina em Angola pela empresa australiana Lucapa Diamond Company. Esta gema já é reconhecida como a maior encontrada nos últimos 300 anos.
A Descoberta
A Lucapa Diamond Company anunciou, ainda no ano passado, a descoberta do diamante rosa puro na mina do Lulo, localizada no nordeste de Angola. Este diamante de 170 quilates, considerado um dos maiores diamantes cor-de-rosa já encontrados, foi revelado ao mundo em um comunicado conjunto da Lucapa, Endiama e Rosas & Pétalas, parceiras na Sociedade Mineira do Lulo. Além disso, a mina do Lulo já é famosa por abrigar os dois maiores diamantes encontrados em Angola.
Repercussão
A descoberta foi celebrada pelo governo angolano, que é parceiro na mina. O ministro dos Recursos Minerais de Angola, Diamantino Azevedo, comentou: “Este recorde e espetacular diamante cor-de-rosa de Lulo continua a mostrar que Angola é um ator importante no panorama mundial da extração de diamantes.” Esta pedra preciosa é classificada como do tipo IIa, uma categoria que inclui diamantes excepcionalmente puros e raros.
Leilão internacional
A “Rosa do Lulo” será leiloada em eventos internacionais e espera-se que alcance um valor extremamente alto. Antes de atingir seu valor total, o diamante passará por processos de corte e polimento, durante os quais pode perder até 50% do seu peso. Historicamente, diamantes cor-de-rosa semelhantes têm alcançado preços extraordinários. Em 2017, o “Pink Star”, um diamante de 59,6 quilates, foi leiloado em Hong Kong por 71,2 milhões de dólares, aproximadamente 70 milhões de euros, estabelecendo um recorde como o diamante mais caro já vendido.
Produção anual de diamantes
De acordo com o site LiveScience, cerca de 90 milhões de quilates de diamantes brutos são extraídos anualmente para a produção de joias, resultando em uma receita global superior a US$300 bilhões (R$15,7 trilhões). No entanto, a mineração de diamantes é frequentemente ligada a condições perigosas, deslocamento de comunidades indígenas, exploração de trabalhadores, poluição e violações dos direitos humanos, conforme relatado em 2018 pela Human Rights Watch, uma organização internacional sem fins lucrativos sediada nos EUA.
A descoberta da “Rosa do Lulo” não apenas destaca a rica mineração de diamantes em Angola, mas também promete deixar uma marca significativa no mercado internacional de gemas preciosas.