Por Douglas Ferreira
É angustiante constatar a disparidade educacional no Piauí, apesar de seus notáveis feitos em olimpíadas do conhecimento. Enquanto algumas cidades celebram vitórias acadêmicas, outras enfrentam uma realidade sombria de analfabetismo alarmante. O Estado abriga seis municípios entre os dez com as maiores taxas de analfabetismo do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Floresta do Piauí, com uma taxa de analfabetismo de 34,68%, ostenta o segundo lugar nesse triste ranking, superado apenas por Alto Alegre, em Roraima, com 36,81%. A situação se estende por Aroeiras do Itaim (34,63%), Massapê do Piauí (34,30%), Paquetá (34,28%), Padre Marcos (34,01%) e Alagoinha do Piauí (33,61%).
A capital, Teresina, embora tenha reduzido sua taxa de analfabetismo para 7,12%, continua a ser a segunda capital com maior analfabetismo no Brasil, ficando atrás apenas de Maceió, em Alagoas. Dos 224 municípios piauienses, apenas 29 (12,9%) conseguiram superar a média estadual de 17,23% de analfabetismo.
É importante destacar que, exceto Teresina, todos os municípios apresentam taxas de analfabetismo superiores a 10%. Enquanto isso, as menores taxas, após Teresina, foram registradas em Floriano (10,20%), Parnaíba (11,74%), Bom Jesus (11,90%), Curimatá (12,59%) e Corrente (13,28%).
A gravidade da situação é ainda mais evidente quando comparada à média nacional de 7,0% de analfabetismo. A falta de acesso à educação de qualidade é um obstáculo significativo para o desenvolvimento dessas comunidades.
Embora alguns municípios tenham conseguido reduzir suas taxas de analfabetismo ao longo dos anos, ainda há muito a ser feito para garantir que todos tenham acesso a uma educação adequada. Esses números ressaltam a urgência de investimentos e políticas educacionais que promovam a equidade e o acesso universal à educação de qualidade.