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Publicado em: 25 março 2024 às 16:30 | Atualizado em: 25 março 2024 às 17:27

Alexandre de Moraes informa Câmara sobre prisão de deputado Chiquinho Brazão, do RJ

Por Douglas Ferreira

Deputado Chiquinho Brazão é apontado pela PF como um dos mandantes na morte de Marielle Franco – Foto: Reprodução

Após a decisão da Primeira Turma em sessão virtual, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou um ofício à Câmara dos Deputados comunicando a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido/RJ), suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

No documento, o ministro destaca que a decisão da prisão foi referendada de forma unânime pelo colegiado. O ofício foi encaminhado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), conforme determina a Constituição, que exige a validação da prisão pela Casa Legislativa. A votação para manter a prisão precisa do apoio da maioria dos 513 deputados e é realizada de forma aberta.

Além do deputado, a Polícia Federal também prendeu seu irmão, Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE/RJ), e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.

De acordo com um relatório da PF, a atuação da vereadora Marielle junto às comunidades em Jacarepaguá, controladas por milícias, teria sido o motivo para os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão encomendarem o seu assassinato. Essas áreas são consideradas o principal reduto eleitoral de Chiquinho.

A PF também aponta que o delegado Rivaldo Barbosa teria sabotado as investigações da Polícia Civil do Rio para encobrir os irmãos Brazão. Segundo a PF, o ex-chefe da Polícia Civil utilizou diversos artifícios, como apontar pessoas sem conexão com o crime, para obstruir as investigações.