Por Douglas Ferreira
Após a decisão da Primeira Turma em sessão virtual, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou um ofício à Câmara dos Deputados comunicando a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido/RJ), suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
No documento, o ministro destaca que a decisão da prisão foi referendada de forma unânime pelo colegiado. O ofício foi encaminhado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), conforme determina a Constituição, que exige a validação da prisão pela Casa Legislativa. A votação para manter a prisão precisa do apoio da maioria dos 513 deputados e é realizada de forma aberta.
Além do deputado, a Polícia Federal também prendeu seu irmão, Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE/RJ), e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.
De acordo com um relatório da PF, a atuação da vereadora Marielle junto às comunidades em Jacarepaguá, controladas por milícias, teria sido o motivo para os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão encomendarem o seu assassinato. Essas áreas são consideradas o principal reduto eleitoral de Chiquinho.
A PF também aponta que o delegado Rivaldo Barbosa teria sabotado as investigações da Polícia Civil do Rio para encobrir os irmãos Brazão. Segundo a PF, o ex-chefe da Polícia Civil utilizou diversos artifícios, como apontar pessoas sem conexão com o crime, para obstruir as investigações.