Após mais de um ano de relativa tranquilidade, a preocupação com a Covid retorna ao cenário brasileiro. No Nordeste, os números de casos continuam a crescer, especialmente nos Estados da Bahia e Ceará. No Piauí, já foram registrados casos e a Fundação Municipal de Saúde – FMS está investigando novos epsódios da doença. Entre os dias 3 e 9 deste mês, durante a Semana Epidemiológica (SE) 49, os Estados do Nordeste experimentaram um aumento nos casos de Covid-19, conforme dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 11 de dezembro. Essas informações foram divulgadas no Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 14 de dezembro.
O boletim destaca que a Bahia, que foi o primeiro Estado a registrar elevação nos casos na região, está observando uma diminuição, mas ainda mantém um crescimento nas novas ocorrências. No Ceará, os casos aumentam semanalmente. Maranhão, Paraíba e Pernambuco também apresentam sinais iniciais de aumento, especialmente em pessoas mais idosas.
A Fiocruz apontou: “Há sinal de aumento na Bahia, no Ceará, no Maranhão, na Paraíba e em Pernambuco em relação à SRAG por covid-19. No Maranhão, na Paraíba e em Pernambuco, o volume ainda é relativamente baixo, e o ritmo de crescimento é leve, indicando possível início de ciclo”.
Segundo a atualização mais recente, Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí e Rondônia apresentaram sinais de crescimento nas síndromes respiratórias agudas graves por Covid-19 a longo prazo. Minas Gerais mantém um sinal de platô, sem indícios claros de queda. O centro-sul continua mostrando um declínio consistente em relação à Covid-19.
Dez capitais demonstraram sinais de aumento, incluindo Aracaju, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Rio de Janeiro, Salvador, Teresina e Vitória. A Fiocruz destacou que em algumas dessas capitais, como Fortaleza, João Pessoa e Salvador, o aumento está relacionado especialmente à população idosa. Em outras, como Aracaju e Maceió, o sinal pode indicar um possível início de ciclo, embora com um volume de casos ainda relativamente baixo.
O boletim também abordou a mortalidade, mostrando que a incidência e mortalidade de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) seguem o padrão usual, impactando mais crianças pequenas e idosos. A Fiocruz enfatizou a importância da vacinação, especialmente para grupos de risco, reforçando a necessidade de receber a segunda dose da bivalente. O boletim destacou que o Sars-CoV-2/covid-19 teve a maior prevalência entre os casos de resultado positivo para vírus respiratórios nas últimas semanas epidemiológicas, com a maioria das mortes associadas a esse vírus. No ano epidemiológico de 2023, foram notificados 168.852 casos de SRAG, com 10.744 óbitos registrados.
Esses dados ressaltam a dinâmica complexa da situação da Covid-19 no Brasil e a importância contínua das medidas de prevenção, incluindo a vacinação.
Redação Move Notícias