Move Notícias

Publicado em: 7 abril 2024 às 10:05 | Atualizado em: 7 abril 2024 às 11:47

Alerta na região Norte do Estado: Rio Maratoan em Barras pode transbordar a qualquer momento

Por Douglas Ferreira

O rio Maratoan ameaça transbordar e inundar as áreas ribeirinhas e as mais baixas da cidade de Barras – Foto: Reprodução

As recentes chuvas na região Norte do Estado causaram um aumento significativo no nível das águas do Rio Maratoan, localizado no município de Barras. O rio atingiu a marca de 4,11 metros acima do nível normal, ficando a apenas 9 centímetros de transbordar e provocar inundações. A população ribeirinha encontra-se em estado de alerta, após informativo pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em um boletim divulgado neste sábado (6). A Defesa Civil também está monitorando de perto a situação do Rio Maratoan.

No boletim o CPRM, informa que o nível de inundação do rio Marataoan é de 4,20 metros, o que coloca a região em estado de alerta. Existe a previsão de uma leve elevação do rio nas próximas horas, podendo atingir 4,12 metros. Mas esse quadro pode se agravar caso ocorram novas chuvas no município.

No bairro Xique-Xique as águas já estão ‘lambendo’ as calçadas das residência na zona urbana de Barras – Foto: Reprodução

O nível continua subindo e já começou a inundar algumas comunidades na zona Rural de Barras. A reportagem do Move Notícias conseguiu contato como advogado Elenílson Rodrigues, morador do município. Ele informou que, “o assentamento Bonfim já está com água entrando nas casas. A construção de passagens molhadas mal planejadas contribuiu para a inundação das residências”.

Elenílson Rodrigues informou ainda, que a elevação do Maratoan já começa a invadir também a área urbana. No bairro Xique-Xique já tem casa com a água na calçada. Esse é o bairro onde mora o prefeito da nossa cidade”.

A situação no assentamento Bonfim foi destaque na página portal Bonfim de Olho, no facebook. O portal esteve no assentamento logo após uma chuva torrencial e registrou o alagamento de ruas e casas. Confira:

Já o rio Longá, no município de Esperantina, também apresenta uma cota de 6,49 metros, indicando um quadro de alerta, já que o nível de inundação ocorre a partir de 7,40 metros. A tendência é de uma pequena diminuição do nível nas próximas horas, desde que não haja novas precipitações.

A Defesa Civil do Estado, assegurou que a situação está sendo monitorada de perto, com todos os dados compartilhados entre as Defesas Civis Estadual e Municipais, que trabalham de forma integrada para lidar com a situação. A população ribeirinha já está ciente das medidas de precaução e assistência caso a situação se agrave.

“A informação nos municípios já é do conhecimento de todo o sistema de proteção e defesa civil. A gente chama sistema de proteção e defesa civil porque ele integra todas as defesas civis, seja estadual, seja as municipais. Então, a gente está em permanente comunicação. Quando isso ocorre, naturalmente, nós estamos falando de uma área que já é amplamente monitorada, a população ribeirinha, aquela que vive mais próxima do Marataoan e do Longá. Já existe toda uma estratégia de retirada, de acomodação, de assistência”, explicou o diretor Werton Costa, diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil.

A previsão indica mais chuvas nos próximos dias na região, o que pode impactar as sub-bacias do Longá e Poti nos territórios dos Cocais, Carnaubais e Entre Rios.

No município de Luzilândia, também na zona Norte do Piauí, o rio Parnaíba tem uma cota de 4,90 metros, com tendência de elevação, porém ainda em estado de atenção, visto que o início da inundação é a partir de 5,70 metros. Em Teresina, tanto o Rio Parnaíba (4,71 metros) quanto o Rio Poti (5,84 metros) estão em situação de normalidade.

A Chesf anunciou um aumento na vazão da Barragem de Boa Esperança para acompanhar o volume de água. A defluência máxima será de 800 m³/s como medida preventiva, visto que a barragem encontra-se em 94,19% de seu volume útil. É enfatizada a importância de evitar a ocupação de áreas sujeitas a inundação e que a situação hidrológica continuará a ser avaliada, podendo haver alterações devido à evolução das chuvas e vazões na Bacia do Rio Parnaíba.