Por Douglas Ferreira
A guerra entre Rússia e Ucrânia, apesar de todos os desafios, revelou uma oportunidade inesperada para o setor agrícola brasileiro. A dependência europeia de combustíveis russos e de insumos agrícolas, como o potássio, tornou-se evidente durante o conflito, aumentando a dificuldade e os custos. No entanto, diante da necessidade imperiosa de manter o mundo alimentado, o agro brasileiro não ficou parado e encontrou uma alternativa inovadora.
A reviravolta veio na forma de um fertilizante sustentável produzido em solo nacional, substituindo o tradicional Cloreto de Potássio importado. A escolha consciente desse fertilizante, produzido em Minas Gerais pela empresa Verde Agritech, não apenas trouxe benefícios para a lavoura, mas também gerou uma redução significativa de 12% nos custos de produção, como destaca o agricultor Lucas Stracci da Fazenda Ana Terra, na Bahia.
A guerra desencadeou uma crise nos custos internacionais dos fertilizantes, afetando diretamente os agricultores brasileiros altamente dependentes do Cloreto de Potássio proveniente de Rússia, Bielorrússia e Canadá. Perante esse cenário, Lucas Stracci buscou alternativas nacionais e tecnologicamente avançadas para a gestão de sua fazenda, encontrando no BAKS®, da Verde Agritech, a solução.
O BAKS®, desenvolvido a partir de tecnologias proprietárias, não só oferece uma composição multinutriente, incluindo enxofre elementar, mas também permite personalização de acordo com as necessidades de cada lavoura. Combinando nutrientes como potássio, nitrogênio, fósforo, boro, cobre, zinco e manganês, este fertilizante tem sido recomendado para mais de 30 culturas diferentes, contribuindo para a produção em mais de 1,4 milhão de hectares.
Além da qualidade do produto, a entrega em Big Bag trouxe um diferencial logístico crucial, facilitando o armazenamento na fazenda. Em um esforço para impulsionar ainda mais essa alternativa sustentável, a Verde Agritech obteve autorização para construir um ramal ferroviário, conectando suas fábricas em São Gotardo e Matutina até Ibiá, no Triângulo Mineiro. Essa iniciativa visa transportar o fertilizante de forma mais eficiente para as principais regiões agrícolas do país, reduzindo a pegada de carbono da empresa e dos agricultores.
Em meio à crise, a agricultura brasileira demonstra resiliência e inovação, encontrando soluções sustentáveis para garantir a continuidade do espetáculo agropecuário e, por conseguinte, a alimentação global.