Foi presa no domingo, em Pedra de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro, a empregada doméstica Isabella da Silva Oliveira, de 19 anos. Ela é a principal suspeita de assassinar o patão, Lilson Braga, 66 anos. Ele foi morto com um tiro no peito enquanto dormia, em março passado.

O corpo do homem foi encontrado pelo filho dele, 40 dias após ter sido morto. O corpo foi localizado dentro da cisterna que abastecia a residência.

Isabella Oliveira confessou o homicídio e teria declarado à polícia que, “estava descontente com algumas atitudes do patrão”.

Ela cometeu o assassinato com a arma da vítima. Lilson Braga mantinha a arma guardada em casa e a empregada tinha acesso a todos os cômodos e armários.

Isabella disse em seu depoimento na Delegacia que buscou informações de como matar o homem na internet. Contou detalhes do planejamento do crime.

O crime pode ter tido a ganância como motivação. A policiais identificou o roubo de celulares, jóias e dinheiro da vítima. Isso comprova a motivação financeira para o homicídio ou mesmo latrocínio. Segundo o delegado Alexandre Herdy, “a vítima mantinha dólares e euros guardados em casa”.

A mulher teria sacado dinheiro de contas de Lilson em vários pontos do Recreio dos Bandeirantes, usando o cartão da vítima. Segundo a polícia, ela sacou R$ 3 mil das contas do ex-patrão.

Dois assassinatos

Além de ter se passado pelo ex-patrão, a empregada teria recusado ligações feitas pela filha da vítima, que mora na Espanha. Também foi ela que dispensou a cuidadora da mãe do patrão, por mensagem de texto. A idosa de 91 anos morreu seis dias depois do filho, após ficar sozinha em casa.

Há suspeita de que a empregada não tenha agido sozinha. A Delegacia de Homicídios investiga a participação de outras pessoas no crime. Sobretudo, porque dificilmente a empregada conseguiria transportar o corpo sozinha até a cisterna.

A suposta assassina foi localizada e presa, na comunidade Beira-Rio, no mesmo bairro onde fez os saques. Ela está presa temporariamente no presídio de Benfica, zona norte do Rio.

A jovem acusada poderá responder por dois homicídios: o do ex-patrão, Lilson e o da mãe dele.