Desocupação no país chegou a 8% no mês
Depois de três meses em relativa estabilidade (8,5%), a taxa de desocupação no Brasil, voltou a recuar. Em abril o desemprego caiu para 8%, o menor nível em oito anos.
Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea, que baseou seu levantamento, na série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Pnad Contínua, IBGE. Houve também, a melhora de algumas variáveis como: rendimentos, subocupação e desalento o que confirmam esse cenário mais otimista.
O mês de abril, se comparado com o mês anterior, mostra que a população ocupada apresentou a quarta expansão consecutiva, com aproximadamente 99,2 milhões de pessoas.
“Adicionalmente, enquanto a ocupação formal registrou crescimento médio interanual de 3,2%, no último trimestre, encerrado em abril, a população ocupada informal apresentou retração de 0,6%, nessa mesma base de comparação”, explica o Ipea.
O recorte setorial mostra que o crescimento da ocupação, no país, tem ocorrido de forma generalizada. Porém, com diferente intensidade. Nos 12 meses, anteriores, todos os setores tiveram criação de empregos. Destaque para o comércio (376,2 mil), os serviços administrativos (264,5 mil), a indústria de transformação (204,9 mil) e a construção civil (191,6 mil). Em abril, o contingente de 107,9 milhões de pessoas pertencentes à força de trabalho era 0,8% menor que o observado no mesmo período do ano anterior.
O estudo revela ainda que, nos últimos 12 meses a população desalentada registrou queda de 15,8%. Os números caíram de 4,3 milhões, em abril do ano passado, para 3,5 milhões em abril deste ano.
Além da queda dos desalentados, houve retração da parcela de indivíduos que estão fora da força de trabalho devido ao estudo, às obrigações domésticas, a problemas de saúde. Há ainda, os que não desejam retornar à atividade, mesmo diante de uma proposta de emprego.
“Uma possível explicação é a melhora do mercado de trabalho que pode estar gerando uma necessidade menor de compensar perdas de emprego e/ou rendimento domiciliares, possibilitando que demais membros da residência possam se dedicar exclusivamente a outras atividades”, diz o Ipea.
Por Douglas Ferreira, com informações da Agência Brasil