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Publicado em: 28 janeiro 2024 às 11:07 | Atualizado em: 28 janeiro 2024 às 14:01

A pintura da 'Mona Lisa' é atacada por 'ativistas', no Louvre, em Paris

Por Douglas Ferreira

Ataque à ‘Mona Lisa’ chamou a atenção do mundo – Foto: Reprodução

O alvo das ações agora são obras de arte de artistas consagrados, mas a questão é se esses ativistas são considerados como tal ou como vândalos. Muitos desses protestos têm como motivação a luta contra as mudanças climáticas e a defesa dos direitos humanos. Um incidente notável ocorreu recentemente no Museu do Louvre, em Paris, onde duas mulheres, representando uma ONG europeia chamada “Resposta Alimentar”, lançaram uma sopa avermelhada (embora na fotografia pareça amarela) na famosa pintura de Leonardo da Vinci, a Mona Lisa.

Este episódio, que chamou a atenção mundial, levanta preocupações não apenas entre os amantes das artes, mas também entre os responsáveis, os curadores, dos museus em todo o mundo, especialmente na Europa. Não foi um incidente isolado, e a ação das ativistas evidencia uma tendência crescente de ataques a obras de arte em nome de causas sociais.

As mulheres se aproximaram da pintura e lançaram o líquido no vidro de proteção que resguarda a obra-prima de Leonardo da Vinci. As imagens de um vídeo capturaram o momento, mostrando o espanto do público presente no local. Após o ato, as ativistas gritaram em francês: “O que é mais importante? A arte ou o direito a um sistema alimentar saudável e sustentável?”.

A organização à qual as mulheres estão vinculadas, “Resposta Alimentar”, emitiu um comunicado explicando que o protesto tinha como objetivo destacar a necessidade de proteger o ambiente e as fontes de alimentos. Esse incidente não é único, pois nos últimos anos, houve outros ataques a obras de arte como forma de protesto pela conscientização das mudanças climáticas.

Outras tentativas incluíram atirar sopa aos “Girassóis” de Vincent Van Gogh, na Galeria Nacional de Londres, em outubro de 2022, e no mês seguinte os ativistas atacaram pinturas de Goya no museu do Prado, em Madri, na Espanha.

Essa série de eventos, incluindo o ataque à Mona Lisa, suscita reflexões sobre como equilibrar a expressão de preocupações sociais com a preservação do patrimônio artístico mundial e destaca a crescente tensão entre ativismo e preservação cultural.