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Publicado em: 6 julho 2024 às 06:09 | Atualizado em: 6 julho 2024 às 10:08

A Marinha Brasileira rompe barreiras: Primeira turma de mulheres combatentes se forma

Por Douglas Ferreira

Esse é um divisor de águas nas Forças Armadas – Foto: Reprodução

A Marinha do Brasil dá um passo histórico ao formar a primeira turma de mulheres combatentes das Forças Armadas. Este marco não é apenas um avanço significativo para a instituição, mas também um divisor de águas no cenário militar brasileiro.

Preparação e adaptações

Para acomodar essa turma pioneira, a Marinha precisou realizar adaptações significativas. Foi criada uma ala exclusivamente feminina, equipada com tecnologia de reconhecimento facial para garantir a segurança. O treinamento rigoroso realizado no Centro de Instrução em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, exigiu que as mulheres se mantivessem isoladas do mundo exterior durante os dois primeiros meses.

Superação e determinação

O curso de Soldados Fuzileiros Navais é notoriamente desafiador, com uma rotina intensa de exercícios físicos e pressão psicológica. No entanto, as mulheres desta turma demonstraram uma resiliência notável. A taxa de desistência entre elas foi de apenas 5%, menor do que a dos homens, que foi de 9%.

Declarações de orgulho

“É um grande orgulho para todos nós ver essas mulheres superando todas as barreiras e obstáculos. É uma evolução para a Marinha, mostrando a capacidade que as mulheres trazem para a força,” afirma Vanderli Cordeiro, comandante do Ciampa.

“Entrar para a história como a primeira turma de mulheres combatentes é assustador, mas superamos as expectativas,” diz Camila Barbedo, uma das combatentes da Marinha do Brasil.

Histórias de sacrifício e resiliência

A trajetória de cada combatente é marcada por sacrifícios pessoais. Fabiana Damasceno, que deixou sua família no interior da Bahia, destaca a dificuldade emocional da separação. “A despedida foi dolorosa, ver meu pai e minha irmã mais velha chorarem foi difícil,” relata Fabiana.

Mas a determinação é uma característica comum entre essas mulheres. “Passamos pela mesma pressão psicológica, privação de sono e marchas extenuantes com mochilas pesadas. Estou confiante de que todas nós chegaremos ao final e nos formaremos,” conclui Fabiana.

Conclusão

Este momento histórico é celebrado com orgulho e emoção. A formação desta turma de mulheres combatentes não apenas reforça a capacidade e a diversidade da Marinha do Brasil, mas também serve de inspiração para futuras gerações de mulheres que aspiram a servir nas Forças Armadas. Em cada abraço, há um misto de saudade, orgulho e a certeza de que este é apenas o começo de uma nova era.