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Publicado em: 1 maio 2024 às 16:05 | Atualizado em: 2 maio 2024 às 12:42

A história por traz do 1º de maio e a luta de servidores e professores das universidades e institutos federais por ajuste salarial

Por Douglas Ferreira

Greves de servidores e professores de universidade e institutos federais se arrastam por todo o país – Foto: Reprodução

Hoje, tanto no Brasil quanto em boa parte do mundo, comemora-se o Dia do Trabalho, uma data fundamental que remonta a lutas históricas por direitos laborais. Celebrado em 1º de maio, este dia não foi reconhecido sem grandes batalhas.

Sua origem remonta ao primeiro movimento operário em Chicago, nos Estados Unidos, em 1º de maio do ano de 1886. Naquela ocasião, os trabalhadores lutavam pela redução da jornada de trabalho para oito horas diárias. No entanto, essa reivindicação foi recebida com resistência, levando a um episódio trágico conhecido como Massacre de Haymarket, marcado pela violência policial contra os manifestantes.

No Brasil, o reconhecimento do Dia do Trabalhador não veio sem desafios. Iniciada em 1925, por iniciativa dos movimentos sindicais, a data ganhou relevância ao longo dos anos, especialmente durante o governo de Getúlio Vargas. A consolidação de direitos trabalhistas, como evidenciado pela criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943, tornou-se uma pauta central nesse dia.

No entanto, mesmo após essas conquistas históricas, os desafios persistem. A luta por condições laborais justas, igualdade salarial e respeito aos direitos dos trabalhadores continua relevante. Portanto, o Dia do Trabalho não é apenas uma data de celebração, mas também um momento de reflexão sobre as conquistas alcançadas e os desafios que ainda enfrentamos na busca por um ambiente de trabalho digno e justo para todos.

Entretanto, especificamente, no Brasil o 1º de Maio é marcado por uma onda de greves e movimentos do servidor público federal. Hoje, Dia do Trabalho, pleo menos, 52 universidades e 79 institutos federais no Brasil encontram-se em greve seja do pessoal do serviço administrativo, seja de professores.

Os níveis de adesão ao movimento grevista são diferentes em cada instituição de ensino. É que nem sempre todos os setores das universidades e dos institutos estão paralisados. Em algumas universidades federais, parte dos professores não aderiu à greve; em outras, só os técnicos interromperam as atividades.

No Piauí tanto servidores técnico-administrativo, quanto professores estão de braços cruzados reivindicando condições de trabalho, reestruturação da carreira e reajuste salarial ainda em 2024.