Por Augusto Júnior Vasconcelos
Quando a Vila de Marvão (atual Castelo do Piauí) foi criada através de documento datado de 19 de junho de 1761, juntamente com as primeiras vilas da então Capitania de São José do Piauí, o seu território se estendia desde Humildes (atual Alto Longá) até Piranhas e Pelo Sinal, respectivamente Crateús e Independência no Ceará.
A Vila de Marvão servia como corredor migratório para a vizinha província do Ceará na época do Brasil Colônia e também do período imperial. A história de Ataliba, o Vaqueiro, uma das principais obras da literatura piauiense escrita por Francisco Gil Castelo Branco, se passa na Fazenda do Morro região da Vila de Marvão.
O livro
Ataliba, o Vaqueiro, é uma obra regionalista escrita no ano de 1878 e narra a história de um vaqueiro que luta contra a terrível seca que assolava o sertão do Piauí e do Ceará.
Ela também faz parte do romantismo brasileiro com a história de amor entre Ataliba e Teresinha e descreve a natureza e a beleza das mulheres, além da ingenuidade dos sertanejos, apesar de suas características regionalistas.
Dionísio que era um caçador e que se dedicava somente a este ofício, era o típico preguiçoso, gostava de tocar e cantar no fundo de sua rede ao som de sua viola. Dionísio pode ser considerado o primeiro guia de turismo do Piauí, pois foi quem guiou os retirantes que fugiam da grande seca, onde muitos morreram de fome no sertão nordestino.
Ataliba, o Vaqueiro, é um dos primeiros romances regionalistas ganhando até repercussão em nível nacional quando escrito. Com seu regionalismo romântico e o retrato da seca, a obra literária nos mostra de forma bem clara uma visão de mundo e da realidade vivida pelos sertanejos.
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